A abertura 32º Congresso do ANDES-SN, nesta segunda-feira (4), foi marcada pelo entusiasmo e grande disposição para unificar as lutas com diferentes setores sindicais e de movimentos sociais. A mesa da plenária foi composta por representantes de diversas entidades, demonstrado o reconhecimento do ANDES-SN enquanto entidade protagonista das principais campanhas em defesa da classe trabalhadora.
A apresentação da Companhia Folclórica do Rio, projeto existente há 26 anos, composto por estudantes, professores e funcionários da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trouxe aos participantes do Congresso um cardápio de danças e músicas populares brasileiras, apontando a necessidade de valorização e resgate da cultura nacional. Os congressistas foram convidados a participar da atividade e entraram na brincadeira.
Os representantes da CSP-Conlutas, Sinasefe, Fasubra, CFSS, Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, Anel, DCE-UFRJ, MTST e Sepe/RJ foram convidados pra compor a mesa junto com o ANDES-SN.
As falas reconheceram o papel fundamental do ANDES-SN na construção da unidade da classe trabalhadora e o protagonismo da entidade na greve dos servidores federais em 2012. Apontaram também a importância que as deliberações do Congresso terão para as categorias e apontaram a responsabilidade dos delegados nas deliberações que serão tomadas nos próximos dias.
Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN, chamou a atenção de todos para os desafios que estão postos aos congressistas, com um grande número de textos de resolução apresentados.
“Isso reflete a legitimidade do ANDES-SN junto aos docentes, com a grande participação da base nas instâncias deliberativas do Sindicato Nacional, e coloca para esse congresso a responsabilidade de definir nosso plano de lutas no sentido de atender os anseios da categoria, ultimamente bastante renovada em número e perfil dos professores”, disse Marinalva.
A presidente do ANDES-SN ressaltou também o ganho político do Sindicato Nacional, conquistado durante a greve de 2012, sendo identificado como o legítimo representantes da categoria docente em todo o país. A grande demonstração do tamanho dessa conquista política se justifica também no expressivo número de participantes: mais de 500 até esta manhã, sendo que ainda eram esperados delegados de várias seções sindicais que não tinham chegado.
Em função disso, a tarefa prioritária, conforme a dirigente do ANDES-SN, é fortalecer o sindicato para enfrentar os desafios postos na conjuntura, tendo em vista que o abandono das políticas sociais e a retirada de direitos dos trabalhadores continuam pautando as ações do governo federal, avançando contra a educação, contra a saúde pública.
Nesse sentido, Marinalva enfatizou a importância da atualização Caderno nº 02, que traz a “Proposta do ANDES para a universidade brasileira”, lançada durante a abertura. Um desafio constante do movimento docente, conforme a presidente do sindicato é identificar a realidade que muda a cada instante no mundo do trabalho e, que, atinge também as universidades, que se configura em um perfil bem diferenciado do que existia anos atrás.
Outro material divulgado durante a plenária de abertura e que traz um retrato das lutas e enfrentamentos da categoria docente foi a edição 51 da Revista Universidade e Sociedade, com o tema “Crise, políticas públicas e greve”.
Dentro da visão de que é importante fortalecer o sindicato como instrumento de luta, foi apresentada durante a abertura do 32º Congresso uma campanha nacional de sindicalização. A organização da campanha foi coordenada pelo diretor de imprensa e divulgação do sindicato, Luiz Henrique Schuch. O mote da campanha é “Um a mais é muito mais” e foi explicado em detalhes por Gabriela Caspary, do “Espaço Donas Marcianas”, que usou como símbolo a “formiga”. Vários materiais e um manual sobre a campanha, conforme Gabriela poderão ser usados nacionalmente pelas seções sindicais na cadência estabelecida no cronograma da campanha.
Com colaboração de Fritz Nunes, da Sedufsm SSind.
Fonte: ANDES-SN |