Várias atividades em defesa das mulheres trabalhadoras estão sendo preparadas para 8 de março, dia internacional de luta das mulheres. O Movimento Mulheres em Luta, da CSP–Conlutas, preparou um boletim que aborda as principais ações previstas para o dia, além de mostrar que o dia 8 de março é mais uma das preparações para a Marcha do dia 24 de abril, em Brasília.
As atividades preparadas para a data trazem as seguintes bandeiras: aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha; ampliação do orçamento para programas de combate à violência; prisão e punição exemplar para os agressores de mulheres; bem como a implementação dos Centros de Referência da Mulher, financiados pelo Estado, como parte do sistema de proteção social, com poder de acatar denúncias, garantir apoio jurídico, médico e psicológico às mulheres vítimas de violência, com atendimento em tempo integral.
Além disso, entrarão em pauta também a imediata construção de casas-abrigo, com orientação, formação profissional e infraestrutura necessária para abrigar e assistir mulheres e filhos em situação de violência; mais delegacias de mulheres com estrutura para atender as vítimas de violência; casas de passagem para assistir e hospedar as mulheres em situação de violência que não têm para onde ir; e políticas públicas habitacionais para garantir moradia.
O boletim também apresenta um resumo histórico da criação do dia 8 de março em 1910, por iniciativa da socialista Clara Zetkin, em referência às 129 trabalhadoras assassinadas da fábrica Cotton, nos EUA, em 1857, que lutavam pela redução da jornada de trabalho e melhores salários.
O movimento também cobra a criação de creches gratuitas e com qualidade para que as trabalhadoras possam ter um ambiente educacional favorável para deixarem seus filhos. Ainda com relação ao ambiente de trabalho, a marcha do dia 24 de abril também é citada como uma importante atividade no combate ao Acordo Coletivo Especial.
A pauta internacional apresentada pela CSP-Conlutas na reunião da Coordenação Nacional também teve espaço na publicação, como o apoio ao movimento Palestina Livre, às revoluções do mundo árabe, repúdio ao tratamento que as mulheres têm recebido na Europa diante da crise, defesa das mulheres haitianas e pedido de remoção das tropas brasileiras e da ONU do país.
Fonte: Andes e CSP-Conlutas |