Para somar forças contra os ataques do governo Bolsonaro, entidades relançaram, na quarta (11/11), o Fórum em Defesa dos Servidores e dos Serviços Públicos no Amazonas. O lançamento ocorreu durante a live com tema “A Reforma Administrativa do Estado e seus Impactos para os Servidores/as Públicos/as”. Expressa na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, a Reforma visa o desmonte do serviço público.
Além da ADUA, o encontro contou com a participação de representantes do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho da 11ª Região, Amazonas e Roraima (SitraAM/RR), Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e Movimento Vem pra Luta pela Educação.
Mediadora do debate, a professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e representante da ADUA, Kátia Vallina, comentou que o relançamento representa a retomada da organização da luta contra as propostas do governo federal danosas à população. “Nosso objetivo enquanto Fórum é integrar e aglutinar entidades representativas do serviço público federal, estadual e municipal e entidades da sociedade civil dispostas a enfrentar o ataque aos direitos sociais”, disse.
A live contou, ainda, com a participação do diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz e do advogado e assessor jurídico da Federação de Sindicatos de Trabalhos Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Guilherme Zagallo. “Se essa reforma for aprovada, vamos ter uma viagem no tempo e voltar para antes da Constituição de 1988. É um projeto de destruição do serviço público brasileiro”, destacou o representante da Fasubra.
Segundo o presidente do SitraAM/RR, Luiz Cláudio Correa, a proposta do governo é prejudicial para toda a sociedade. “É uma reforma que pretende estraçalhar o serviço público, instituir a ‘rachadinha’ como método de inserção no serviço público, o apadrinhamento. É a volta do ‘trem da alegria’, a redução de investimentos em educação, saúde, justiça e qualidade de vida da população”, explicou.
Para Correa, esse entendimento deve ser levado à população pelas entidades que integram o Fórum, fazendo frente a máquina de comunicação do governo, que se utiliza de notícias falsas para fazer com que a sociedade acreditar que os servidores são os ‘grandes vilões’ dos problemas enfrentados pelo país. “Com a pandemia, vimos que não são. Pelo contrário, são justamente o ponto de equilíbrio para uma sociedade mais justa e para um país igualitário”, asseverou.
Unidade
O relançamento do fórum parte do entendimento de que a luta precisa ser unitária para barrar a tramitação da série de medidas do governo Bolsonaro que ataca direitos sociais e precariza ainda mais os serviços prestados à população. Para o coordenador geral do Sintesam, Francisco Viana, as entidades precisam estar articuladas para fazer o enfrentamento a esse ‘desgoverno’.
O representante do Sinasefe, Renildo Azevedo, ressaltou que essa iniciativa garante a união de forças das entidades. Já a representante dos movimentos sociais, Gleice Oliveira, enfatizou que o papel do Fórum é fundamental para enfrentar esse governo que quer cada vez mais explorar e oprimir a categoria.
Fonte: com informações do SitraAM/RR
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