Em meio à maior crise sanitária dos últimos cem anos e com elevado número de desempregados no Brasil, 67 milhões de pessoas precisaram do auxílio emergencial de R$ 600 para sobreviver. Mas, a partir de setembro, essa parcela da população brasileira viu o valor do benefício ser reduzido pela metade com a Medida Provisória (MP) de Bolsonaro.
Para impedir esse retrocesso, onze centrais sindicais lançaram a campanha #600peloBrasil. Com tema “Bom para o povo, para a economia e o Brasil”, a campanha exige que o Congresso Nacional vote imediatamente a MP n° 1000, enviada no dia 3 de setembro, e reverta o valor do auxílio emergencial para R$ 600.
O governo Bolsonaro age nos bastidores junto ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e líderes partidários para que a MP não seja votada. Como o prazo de validade da MP é de 120 dias, o mesmo previsto pelo governo para a duração do pagamento dos R$ 300, o objetivo é deixar a medida caducar.
O corte ocorre não apenas em meio a pandemia do coronavírus, mas diante da disparada nos preços dos alimentos da cesta básica e a perda de renda dos trabalhadores e de um desemprego crescente.
“A pandemia escancarou a realidade de mais de 67 milhões de brasileiros que precisam de um auxilio emergencial para viver. Precisam deste socorro, pois houve uma piora brutal nas condições da classe trabalhadora e dos mais pobres nos últimos anos, em razão do desemprego, da alta informalidade e piora nas condições de trabalho, resultado das reformas aplicadas pelos governos”, avalia o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.
Foto: Lucas Lacaz Ruiz
Fonte: CSP-Conlutas com edição da ADUA
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