Em greve desde o dia 12 de setembro, os professores da Universidade Estadual do Pará (Uepa) decidiram, na última sexta-feira (21) manter a paralisação. Segundo o Sindicato dos Docentes da Uepa, filiado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), dos 20 campi, 15 estão totalmente parados. E naqueles onde a greve ainda não começou, a paralisação é parcial.
“A indignação da categoria é muito grande, pois o Sindicato está em negociação desde o ano passado e até agora não houve uma resposta satisfatória”, informa o 1º vice-presidente da Regional Norte II do Andes-SN, José Queiroz Carneiro, que tem acompanhado as assembleias dos docentes da Uepa.
Em entrevista ao site O liberal, a coordenadora do Sinduepa, Elizabeth Lucena, defendeu a continuidade da greve. "Hoje (21) completamos um ano que realizamos a primeira assembleia permanente. Não avançamos na conquista da pauta. Já fomos muito pacientes”, avalia.
A categoria propõe um reajuste de 15% no piso salarial, que atualmente é de R$ 1.244, para R$ 1.668,65. O governo estadual ofereceu R$ 1.451, equiparando o piso ao dos professores sem graduação da educação básica.
De acordo com Carneiro, representantes do governo telefonaram para o Sinduepa na sexta-feira (21) e esta semana pode ocorrer uma reunião de negociação com o Sindicato. “Antes disso, a greve não acaba”, avalia o diretor do Andes-SN.
Os docentes da Uepa também reivindicam a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), melhorias das condições de trabalho, garantia do bônus-livro, reajuste do vale-alimentação, discussão do programa de assistência estudantil e realização de novo concurso público.
Fonte: Andes-SN |