Os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizam, na próxima segunda-feira (17), um ato público para marcar a continuidade da luta em defesa da universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. A manifestação ocorrerá das 7h às 10h, no Bosque da Resistência, na entrada do Campus Universitário, no bairro Coroado.
O objetivo do ato público é esclarecer à comunidade acadêmica e à sociedade em geral que o indicativo de suspensão unificada de greve e de retorno das atividades, aprovado em Assembleia Geral (AG) na última quarta (12), não significa o fim da mobilização da categoria. “Ao contrário, o movimento docente adotará novas formas de ação para impedir a aprovação do Projeto de Lei 4.368/12 pelo Congresso Nacional”, informou o professor José Belizário Neto, integrante do Comando Local de Greve (CLG).
O PL já foi rejeitado pelos professores durante a última AG, pois, no entendimento da categoria, ele aprofunda a desestruturação da carreira docente e a precarização da universidade. “À medida que o governo enviou o PL ao Congresso Nacional, a nossa luta entrou em uma nova fase, que exige de nós outras táticas, voltadas, sobretudo, ao Legislativo”, explicou o presidente da Adua, professor Antônio Neto.
Durante a manifestação, os docentes vão entregar à população informativo contendo explicação sobre a continuidade das ações de mobilização. “São cartilhas e quadrinhos que respondem perguntas fundamentais”, antecipou Belizário. A programação inclui ainda poesias, músicas e “elementos surpresas”, conforme o professor.
Assembleia Geral
Nesse mesmo dia, à tarde, os professores voltam a se encontrar em mais uma rodada de Assembleia Geral, prevista para começar às 15h, no auditório Eulálio Chaves, no setor Sul do Campus Universitário. Durante a reunião, o CLG vai divulgar o balanço das AGs realizadas nas universidades. É esse resultado que pode confirmar ou não se a suspensão unificada de greve valerá a partir desse dia, com base no que decidir a maioria das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).
Em caso de resposta favorável à suspensão unificada, os docentes também devem apresentar, durante a AG, proposta de calendário acadêmico para a Ufam, com retorno das atividades previsto para o dia 18, na capital. Em Parintins e Benjamin Constant, as aulas devem iniciar somente a partir do dia 24. Já em Coari, Humaitá e Itacoatiara, a greve continua.
Fonte: Adua |