O 26º Grito dos Excluídos, a ser realizado no dia 7 de setembro, tem como tema “Vida em Primeiro Lugar” e lema “Basta de Miséria, Preconceito e Repressão! Queremos trabalho, terra, teto e participação”. O Grito do Excluídos é considerado um Dia de Luta por entidades e movimentos sociais.
O grito representa os encarcerados/as, o povo em situação de rua, comunidades tradicionais, povos indígenas, comunidades das periferias das grandes, médias e pequenas cidades, de trabalhadores/as em serviços precarizados, comunidades ciganas, migrantes, povo do circo (circenses) e os milhões de trabalhadores/as em serviços informais.
“Um ministério [da Saúde] que não se deixa orientar pelos conhecimentos científicos; incapacidade de administrar os recursos destinados ao combate à pandemia. Há uma indiferença em relação aos cuidados da vida, avanço de desmonte de direitos sociais; alimenta-se a cultura do ódio sustentada pelas notícias falsas manifestadas nas redes sociais”, denuncia em carta a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uma das coordenadoras do Grito dos Excluídos.
Para o coordenador da Pastoral Operária, Paulo Pedrini, os mais pobres são as maiores vítimas da pandemia, do desemprego, da miséria e da fome. “Temos mais de 130 mil pessoas mortas pela pandemia e, por dados oficiais, temos mais pessoas desocupadas do que ocupadas, temos os constantes ataques para retirar direitos e precarizar ainda mais as relações de trabalho e aumentarem ainda mais as grandes fortunas”, afirmou, acrescentando que todos precisam estar juntos/as para “dizer que a vida deve estar acima do lucro e que não há nada mais importante do que a defesa da vida e dignidade humana”.
O aumento da violência do Estado com os altos índices de assassinato de jovens negros, pobres, periféricos e favelados está sendo denunciado pelo ato, assim como a violação dos direitos básicos como água, moradia, saúde e educação de qualidade, lazer, cultura, trabalho, transporte. “O que fomenta o crescimento de uma economia elitista e exclusivista que produz uma minoria dos ‘ricos cada vez mais ricos’ e a crescente miséria, inchando as periferias e jogando uma multidão de seres humanos no olho da rua, com consequências sociais dramáticas e assustadoras”, afirma o texto da coordenação do 26º Grito dos Excluídos.
Nota das Centrais Sindicais em apoio ao Grito dos Excluídos
Fonte: CSP-Conlutas com edição da ADUA
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