Representantes do Comando Local de Greve (CLG) dos docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) entregaram oficialmente, na tarde desta terça-feira (28), à Reitoria da instituição cópia da contraproposta da categoria, protocolizada junto ao Ministério da Educação no dia 23 de agosto. A protocolização junto às reitorias das universidades brasileiras segue orientação do Comando Nacional de Greve do Andes-SN. A cópia do documento foi entregue ao reitor em exercício da Ufam, Hedinaldo Lima.
De acordo com o presidente da Adua e coordenador do CLG, Antônio Neto, a medida visa dar conhecimento aos reitores da disposição da categoria em negociar, apesar da atitude intransigente do governo federal em fechar o acordo com entidade que não representa a ampla maioria dos professores. “É importante que as reitorias tomem ciência da nossa contraproposta, que flexibiliza alguns pontos para tentar reabertura de negociação com o governo, medida respaldada por assembleias gerais realizadas em todo o país”, disse.
A contraproposta, aprovada também pelos docentes da Ufam, em assembleia geral realizada na última terça-feira (21), no hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), projeta malha salarial entre o piso e o teto propostos pelo governo e valoriza uma progressão homogênea. “O movimento docente aceita o piso salarial proposto pelo governo para o professor em início de carreira, estipulado em R$ 2.018, diminui de 5% para 4% o percentual referente aos ‘degraus’ entre níveis”, explicou Neto.
Calendário continua suspenso
A greve dos professores federais chega aos 104 dias nesta terça (28) e se aproxima do recorde da paralisação mais longa da história recente das universidades públicas brasileiras (em 2001, foram 110 dias). O CLG, no intuito de combater qualquer tipo de desinformação, ressalta que a greve atual continua forte em 54 universidades por todo o país, mesmo com o fim da paralisação dos técnicos administrativos dessas instituições e do anúncio da saída de greve de outras categorias do serviço público federal.
Na Ufam, as aulas só serão retomadas com o fim da paralisação dos professores. “Quando encerrar o movimento, nós iremos convocar o Consep (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão) para refazer o calendário e aprovar as novas datas para o semestre letivo que ainda não foi finalizado e para o próximo período [ainda de 2012]”, informou o reitor em exercício.
Fonte: Adua |