Os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em greve por tempo indeterminado, realizam nova rodada de Assembleia Geral nesta sexta-feira (31), quando o movimento paredista completa 107 dias e se iguala à segunda maior paralisação da categoria, registrada em 1991. A reunião será na sede da Adua, no Campus Universitário, a partir das 15h. Na ocasião, o Comando Local de Greve (CLG) irá abordar sobre os prejuízos à carreira docente, contidos na proposta apresentada pelo governo federal à categoria.
“Essa proposta do governo é pior do que o plano de carreira de hoje, traz mais prejuízos, destrói a carreira do professor, pois fere a autonomia universitária”, afirmou o coordenador do CLG e presidente da Adua, Antônio Neto, acrescentando que o momento será de avaliação política dos rumos da paralisação, que deve superar o recorde de 110 dias de greve, marcado pelo movimento paredista de 2001.
A assembleia ocorre na data definida pela presidente Dilma Rousseff para que os servidores encerrem as greves dos servidores federais. “Essa é uma data do governo e não nossa”, afirmou o presidente da Adua. Devido à truculência do governo federal de “cortar o ponto” dos servidores paralisados, algumas categoriais anunciaram a saída da greve, mas os docentes mantém o movimento. A reitora da Ufam, Márcia Perales, garantiu que os professores não sofrerão “corte no ponto” como impôs no Comunicado Geral do Ministério do Planejamento, enviado no dia 13 de agosto.
“Após realizar uma reunião com o Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior), a reitora se reuniu com o CLG para informar que não há perigo de ocorrer ‘corte no ponto’ dos professores em greve”, afirmou Antônio Neto. Na avaliação do CLG, a pressão do Poder Executivo tem em vista a proximidade do fechamento da folha de pagamento de agosto.
Fonte: Adua |