Os docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em greve há mais de três meses, voltam a se encontrar nesta terça-feira (21) em mais uma rodada de Assembleia Geral (AG), a partir das 15h, no Hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), no Campus Universitário. Durante a AG, os professores devem apreciar a contraproposta aprovada pelo Comando Nacional de Greve (CNG) do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
A contraproposta representa uma flexibilização da proposta inicial da categoria, com intuito de buscar a reabertura de negociação com o governo federal. “O novo texto não traz mudanças conceituais, pois os princípios do Andes-SN na defesa da educação pública de qualidade e da valorização da carreira do Magistério Superior continuam mantidos”, disse o presidente da Adua, Antônio Neto.
De acordo com o Comunicado do CNG, divulgado neste sábado (18), as alterações respeitam os princípios da proposta do Sindicato Nacional, alterando o valor o piso para R$ 2.018,77 e o percentual dos degraus entre níveis para 4%. Na proposta anterior, o interstício era de 5% e o piso tomava como referência o salário mínimo estimado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Conforme o cálculo de julho, esse valor seria R$ 2.519,97. A flexibilização indicada pelo CNG “projeta malha salarial entre o piso e o teto propostos pelo governo”.
A contraproposta mantém a reestruturação da carreira, com evolução em percentuais uniformes entre 13 níveis remuneratórios, fatores definidos para os regimes de trabalho e percentual definido de cada titulação como parte constitutiva do vencimento. “O embate dos docentes é contra um governo que defende de forma intransigente o seu projeto de educação e de desestruturação de nossa carreira e que já tenta implementar o Reuni 2, certamente com a criação de mais unidades precarizadas e sem as mínimas condições de trabalho”, salienta outra trecho do Comunicado Especial.
Fonte: Adua |