Como é de público conhecimento, o Brasil é um dos principais países em número de casos com mortes por Covid-19, num ambiente onde o mascaramento dos dados pelas autoridades federais, estaduais e municipais é regra. O governo do Estado do Amazonas não é exceção. Segundo o Boletim Epidemiológico do governo federal, até a semana epidemiológica 32, o Amazonas tinha 3.200 mortes por Covid e 1.546 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda-SRAG não especificados, ou seja, quase 50% a mais de óbitos que não se sabe ou não se quis saber de que se tratava.
O governo do Estado, iniciou uma abertura “gradual” das atividades econômicas a partir de 1º de junho de 2020 quando ainda se tinha um alto nível de contágios e inúmeros grupos de pesquisadores locais, nacionais e internacionais assinalavam que não era o momento de fazê-lo, baseados nas evidências existentes de uma doença pouco conhecida. Todavia, como fase final da irresponsável abertura, a Seduc e a FVS lançam um suposto projeto de retorno às aulas presenciais em Manaus expondo professoras/es, funcionárias/os e discentes à contaminação e ao recrudescimento da pandemia, apesar das desastrosas experiências mundiais que já mostravam o desatino da iniciativa. Em uma semana, o número de casos em muitas escolas da cidade mostrou a loucura da proposta, sobretudo quando o governo do Estado nem sequer testou professores e funcionários previamente e pior, reconheceu, após os primeiros dias, “que isso estava no planejamento, mas a licitação atrasou”. Então, por que não postergaram a experiência suicida? Cada declaração oficial demonstra o projeto deliberado de privilegiar o lucro em detrimento da vida.
Em razão da atitude genocida do governo do Estado, a ADUA - Seção Sindical do ANDES-SN vem a público manifestar seu mais profundo respeito e solidariedade por todos/as professores/as, funcionários/as e discentes que lutam por salvar suas vidas.
#BastadeGenocidio
#ForaBolsonaroMourão
#ForaWilsonLima
#Vidaacimadolucro
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