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Professores ressaltam que greve vai continuar



Integrantes do Comando Local de Greve (CLG) da Ufam declararam, após reunião realizada na manhã desta quinta-feira (2), na sede da Adua, que a assinatura do acordo entre o governo federal e a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), ocorrida na noite desta quarta-feira (1), não representa a decisão da maioria dos professores em greve em todo o País. Com isso, os docentes reforçam que a paralisação nacional irá continuar.

No entendimento do CLG, a ruptura das negociações com a categoria dos professores, representada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) "representa a cristalização do modo intransigente com que esse governo vem se comportando ao longo de todo o processo de discussão", conforme trecho da avaliação prévia contida na pauta da reunião desta quinta. Para a categoria, o acordo expõe "o descaso do governo com a educação pública de qualidade e o desinteresse em resolver os graves problemas que afligem esse setor".

De acordo com o presidente da Adua e coordenador do CLG,  Antônio Neto, o Proifes fez um plebiscito onde apenas 3.864 professores paredistas votaram, o que representa 2,3% dos 70 mil docentes que estão em greve em todo o Brasil. “O Governo usou essa estratégia para romper a negociação com o Andes e o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), duas entidades que deveriam participar dessa discussão por terem maior representatividade, ou seja, o Governo Federal virou as costas para as nossas propostas”, disse.

Segundo Antônio Neto, a greve continua sem previsão para terminar. Na Ufam, as reuniões setoriais serão retomadas nas próximas semanas, tanto na capital como no interior. “Vamos reforçar nossas atividades a partir de segunda-feira para mostrar à sociedade as nossas reivindicações”, afirmou.

Além da avaliação da negociação realizada ontem, em Brasília (DF), os 16 integrantes do CLG que participaram da reunião decidiram elaborar uma carta aos alunos e buscar apoio de outras entidades sociais, como por exemplo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Queremos sensibilizar os alunos sobre a nossa situação e que vamos continuar em greve neste segundo semestre letivo até que as negociações avancem”, explicou.

À tarde, o CLG divulgou uma nota pública em resposta à intransigência governamental. "O mais absurdo deste momento é o governo utilizar uma entidade, por ele criada, que representa menos de 5 % da categoria docente para forjar um acordo que ignora a proposta democraticamente construída pelo ANDES e piora a carreira atual acarretando perda de direitos para os professores", diz um dos pontos da nota.
 
Nesta sexta-feira (3) haverá uma assembleia, às 15h, na sede da Adua, para que os professores da Ufam avaliem o acordo realizado entre o Proifes e o Governo Federal.

Fonte:
Adua



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