A secretária adjunta de Relações do Trabalho, Marcela Tapajós e Silva, acaba de comunicar (às 13h30) ao ANDES-SN, o adiamento da reunião agendada para às 14h desta terça-feira, entre os representantes do governo e os professores em greve. A reunião havia sido confirmada para o início desta tarde, pelo Ministério do Planejamento. Mas, segundo informações de Marcela Tapajós, os membros do Executivo ainda estão trabalhando no documento que será apresentado aos docentes.
A expectativa é que o governo traga para a mesa de negociação uma nova proposta, com base nas referências apresentadas pelos sindicatos nesta segunda (23) e absorvendo as críticas feitas à primeira proposta do governo.
O Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN apresentou aos representantes dos ministérios da Educação e do Planejamento um documento no qual explicam por que as assembléias docentes rejeitaram unânime e categoricamente a proposta feita na última sexta-feira (13), que entre outros problemas aprofunda a desestruturação da carreira dos professores federais, leva a perdas salariais e ainda fere a Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e a autonomia universitária, garantida na Constituição Federal.
Há 69 dias em greve, os professores federais decidiram pela paralisação após várias tentativas de negociar com o governo a reestruturação do plano de carreira da categoria.
Em fevereiro de 2011, o ANDES-SN protocolou a sua proposta de carreira junto aos órgãos do governo e após várias reuniões não houve avanço nas negociações. No final de agosto do ano passado, os docentes firmaram um acordo emergencial com o governo que previa a formação de um grupo de trabalho para concluir o processo de reestruturação da carreira até 31 de março de 2012.
Considerando o desrespeito do governo com a categoria, que há tempos também vem denunciando os problemas infraestruturais e de condições de trabalho e estudo nas Instituições Federais de Ensino (IFE) os docentes deflagraram greve. A proposta apresentada no dia 13 de julho foi a primeira feita pelo governo desde o início da paralisação que engloba mais de 95% das IFE em todo o país.
Fonte: Andes-SN |