O ensino remoto durante a pandemia do coronavírus e a posição do ANDES-SN em relação ao tema foram debatidos na Plenária do Tema 1 do 8º Conad Extraordinário do ANDES-SN, nesta quinta-feira (30). Os temas estiverem presentes tanto nas apresentações dos nove textos do Caderno de Textos do Conselho quanto nas inscrições.
Com tema “Prorrogação do Mandato da Diretoria Biênio 2018/2020”, o encontro está sendo realizado em plataforma virtual até esta sexta-feira (31) e conta, até o momento, com 64 delegados e delegadas, 133 observadores e observadoras, sete convidados e convidadas, totalizando 224 participantes.
Na análise da categoria, foram apontados os interesses do governo e do Capital por trás da imposição do ensino remoto nas universidades públicas, institutos federais e Cefets. A pandemia, na avaliação de alguns participantes, apresentou a oportunidade de ampliar a educação à distância, aprofundar a precariedade do ensino, intensificar o trabalho docente e transferir recursos públicos para os grandes conglomerados de tecnologia da informação.
Outro aspecto abordado foi o caráter excludente do ensino remoto imposto em diversas instituições, ignorando parcela grande dos estudantes, em especial mulheres, negros e negras, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. E, ainda, as dificuldades materiais e subjetivas da comunidade acadêmica em participar desse modelo.
Muitas falas apontaram que a questão do acesso à tecnologia é apenas um dos pontos a ser considerado, mas tem sido colocado em várias instituições como o único entrave para a transferência do ensino para plataformas virtuais.
Outros/as docentes relataram suas experiências em relação à implantação do ensino remoto em suas instituições. Estiveram presentes, em diversas colocações, a falta de amplo debate com a comunidade acadêmica e a adesão, por parcela da categoria, a essa modalidade, o que apresenta um dilema para a entidade, de acordo com algumas colocações.
“A plenária do tema I, Conjuntura e Movimento Docente, ocorrida, hoje, no 8º Conad Extraordinário, virtual, se deu em um momento de excepcionalidade e no contexto de uma grave crise econômica e sanitária. Contexto este que nos coloca enormes desafios que foram sinalizados em um rico debate de conjuntura”, avaliou a 1ª vice-presidente da Regional Norte 1 do ANDES-SN, Katia Vallina, que presidiu plenária.
Foram recorrentes nas falas a proposta de construção da unidade para a organização da luta pelo fim do governo Bolsonaro/Mourão, contra o fascismo, em defesa da vida e pela ampliação da solidariedade de classe.
“E, no âmbito da educação, prosseguir no debate com a nossa categoria sobre o significado do Ensino Remoto, que promove a privatização da educação, a precarização do ensino das IES, afeta a saúde mental dos docentes e gera exclusões na comunidade acadêmica, dentre outros prejuízos. Indubitavelmente, o 8º Conad evidencia pelo número de participantes, mas, sobretudo, pelo nível dos debates, a relevância da sua realização”, disse a diretora do Sindicato Nacional.
Compuseram, também, a mesa da plenária, os diretores Luiz Blume, como vice-presidente, Roseli Rocha, 1ª secretária, e Guinter Leipnitz, 2º secretário.
Fonte: ANDES-SN com edição da ADUA
|