Passeatas, carreatas, panfletagem, assembleias e manifestações culturais marcaram os dois meses de greve dos docentes da Ufam, completados nesta terça-feira (17). Com caráter de ocupação, a paralisação nacional atinge todo o setor de educação federal, com greve em 56 universidades e 58 institutos. O movimento também se espalhou para outros órgãos federais, que marcham ao lado dos professores em atos unificados lutando por condições mais dignas de trabalho.
“A greve continua forte, se consolidou ao longo desses dois meses, mantivemos uma agenda com os técnicos e estudantes, executando atividades em espaços públicos para dialogar com a sociedade, a imprensa e chamar a atenção do governo para nossa pauta”, disse Antônio Neto. A unidade com outras entidades foi classificada como um ponto extremamente positiva pelo professor. “A agenda comum com servidores federais é algo que merece ser ressaltado, isso deu mais consistência às reivindicações, a unificação trouxe de volta o Fórum dos Servidores, que deverá continuar”, disse o coordenador do CLG e presidente da Adua.
Antônio Neto chamou de “esboço de proposta” a posição do governo apresentada na última sexta-feira (13). “Sabíamos que a paralisação seria difícil, o governo já tinha demonstrado que ia jogar duro com quem entrasse em greve, mas no final ele teve que ceder à pressão devido à força da greve e acabou apresentando esse esboço de proposta que está no caminho inverso do que defendemos”, disse. O CLG da Ufam vai analisar e votar a proposta do governo em Assembleia Geral realizada na próxima quinta-feira (19), às 15h, no auditório Paulo Burhein, na Faculdade de Educação Física (FEF), no setor Sul (antigo mini campus) do Campus Universitário.
Fonte: Adua |