Cerca de 1.200 pessoas entre estudantes, técnicos e professores em greve da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), conjuntamente com outros trabalhadores do serviço público federal, percorreram as principais ruas do centro de Manaus durante o ato público unificado, realizado na manhã desta sexta-feira. Os dados são da Polícia Militar.O objetivo dos trabalhadores foi chamar a atenção da sociedade paras as reivindicações das categorias, cujo eixo da pauta perpassa pela valorização e dignidade dos servidores.
Com faixas e carros de som estampando mensagens sobre suas reivindicações, os servidores federais saíram, por voltada das 10h, da Praça 5 de Setembro (Praça da Saudade), passaram pela rua Epaminondas e avenida Eduardo Ribeiro, até finalizar a passeata na Avenida 7 de Setembro, mas precisamente na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), por volta das 11h40.
Para o presidente da Adua e integrante do Comando Local Unificado de Greve (CLUG), Antônio Neto, o ato representou o descontentamento dos servidores federais com o Governo Federal. “Foi um ato vitorioso e que mostra como vários órgãos desaprovam o atual governo, não só pela falta de reajuste salarial ou condições de trabalho, mas por sequer nos chamar para dialogar”, disse.
O Coordenação Executiva do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Amazonas (Sindsep/AM), Walter Matos, ressaltou que os servidores tentam uma nova rodada de negociações há 15 meses com o governo. “Essa greve é uma tentativa de recuperar a autoestima do servidor público, que precisa ser levado a sério e com respeito”, afirmou.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho no Amazonas e Roraima (Sitra-AM/RR), Luís Cláudio Corrêa, relembrou que a categoria está há seis anos sem reajuste salarial e o PL 6613/09 e que reestrutura a carreira no Judiciário está há dois anos parado no Congresso. “Outras categorias entre os servidores públicos federais também passam por situação semelhante, daí a importância da união de todos nesse movimento”, disse.
Indígenas
Um dos destaques do ato público foi a participação de 200 indígenas da etina Sateré-Mawé que participaram do protesto desde o início. “Estamos muito descontentes com a direção da Funaí (Fundação Nacional do Índio) e também temos dificuldade de sermos ouvidos pelo Governo, exigimos respeito”, disse o indígena Atwyato Sateré.
Além das entidades já citadas, participaram do ato unificado os sindicatos Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica no Amazonas (Sinasefe-AM), dos Trabalhadores da Educação Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), dos Servidores da Justiça Eleitoral do Amazonas (Sinjeam) e dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no Amazonas (Sintect/AM), integrantes da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas/AM), da Associação dos Servidores da Justiça Federal do Amazonas (Assejuf/AM), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do Movimento Social de Luta por Moradia Digna (MSLMD) e ainda do Comando de Greve Estudantil da Ufam e da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel).
Fonte: Adua
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