Conjuntamente com outros trabalhadores do serviço público federal, os professores em greve da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizam nesta sexta-feira (6) um ato público unificado como forma de protesto à falta de negociação do governo. O cronograma da atividade consiste em concentração, às 8h, na Praça 5 de Setembro (Praça da Saudade), passeata pela Avenida Eduardo Ribeiro e manifestação na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), no Centro. O objetivo dos trabalhadores é chamar a atenção da sociedade paras as reivindicações das categorias, cujo eixo da pauta perpassa pela valorização e dignidade dos servidores.
Sobre a aliança dos servidores federais, o presidente da Adua e integrante do Comando Local Unificado de Greve (CLUG), Antônio Neto, disse que a intenção é realizar atividades em conjunto durante o período de paralisação. “Vamos nos unir em algumas ações para dar mais peso ao movimento paredista”, disse Antônio Neto. A greve, que completa 50 dias nesta sexta-feira (6), deve ganhar novo vigor com a paralisação de outras categorias do serviço público federal.
Parafraseando o lema da paralisação dos docentes federais, “A greve é forte. A luta é agora!”, o 2º tesoureiro da Adua e integrante do CLG da Ufam, Luiz Fábio Paiva, afirmou que a mobilização dos professores pautou o fortalecimento do plano de luta com outras entidades sindicais. “Nós estamos vivendo uma greve muito forte, que vem pressionando o governo a negociar com a nossa categoria e despertou uma série de outros movimentos para uma luta unificada dos servidores federais”, disse.
De acordo com o membro da Coordenação Executiva do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Amazonas (Sindsep/AM), Walter Matos, a ação unificada visa expor os problemas pelos quais passam os funcionários federais. “O nosso ato não é para agradar o poder público, mas para mostrar à sociedade as mazelas do serviço público”, afirmou.
“Estamos há seis anos sem reajuste salarial e o PL 6613/09, que reestrutura a carreira no Judiciário, está há dois anos parado no Congresso. Outras categorias entre os servidores públicos federais também passam por situação semelhante, daí a importância da união de todos nesse movimento”, diz o presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho no Amazonas e Roraima (Sitra-AM/RR), Luís Cláudio Corrêa.
Durante a marcha, os trabalhadores vão distribuir à população uma carta contendo os motivos da greve dos servidores públicos federais em todo o país. “Estamos protestando contra todas as políticas que retiram direitos trabalhistas e sociais conquistados em lutas passadas”, diz trecho do documento.
Além das entidades já citadas, vão participar do ato unificado os sindicatos Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica no Amazonas (Sinasefe-AM), dos Trabalhadores da Educação Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), dos Servidores da Justiça Eleitoral do Amazonas (Sinjeam) e dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no Amazonas (Sintect/AM).
Confirmaram presença também os integrantes da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas/AM), da Associação dos Servidores da Justiça Federal do Amazonas (Assejuf/AM), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do Movimento Social de Luta por Moradia Digna (MSLMD) e ainda do Comando de Greve Estudantil da Ufam e da Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel).
Fonte: Adua |