Os professores do polo da capital do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) realizam assembleia geral nesta quarta-feira (20), a partir das 15h30, no Campus Manaus Centro, para discutir se também entrarão em greve, acompanhando a paralisação do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Até o momento, docentes e técnicos-administrativos de 151 campi dos institutos federais de ensino profissionalizante estão com atividades paralisadas.
A decisão da categoria no Amazonas pode fortalecer a proposta de uma greve conjunta do setor da educação no Estado e de outras entidades dos servidores públicos federais. Um passo importante para o amadurecimento da ideia foi tomado na noite desta terça-feira (19), com a realização de uma reunião entre diversas categorias, na sede da Associação dos Docentes da Ufam (Adua). “Estamos considerando a proposta de uma greve conjunta para fortalecer ainda mais o movimento em favor da educação pública de qualidade”, disse o presidente da Adua, Antônio Neto. Conforme o professor, a ação conjunta é uma proposta orientada pela Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).
Além das entidades já citadas, estiveram presentes no encontro representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Amazonas (Sintect-AM), dos Servidores da Justiça do Trabalho do Amazonas (Sintraam) e dos Servidores da Justiça Eleitoral do Amazonas (Sinjeam). Marcaram presença também líderes do Comando de Greve Estudantil (CGE) da Ufam, da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e do Movimento Social de Luta por Moradia Digna (MSLMD).
Mobilização
De acordo com o representante do Sinasefe-AM, José Eurico Ramos, os campi do Ifam em Manaus (Centro, Distrito Industrial e Zona Leste) estão melhor articulados na luta em defesa da educação profissional. “Ao que tudo indica vamos somar ao movimento nacional”, antecipou, acrescentando que a maior dificuldade encontrada pela categoria é conquistar adesão dos servidores dos campi do interior, onde a maioria dos trabalhadores tem dúvidas quanto ao movimento. “Como há muito professores em estágio probatório, parte deles tem medo de aderir à paralisação”, disse. Segundo Eurico, o Sinasefe vai intensificar a divulgação do movimento no interior com envio de material sobre a greve.
Já nesta quinta-feira (21) é a vez dos servidores da Justiça do Trabalho “cruzarem os braços”, no período das 8h às 12h, em reivindicação por reajustes retroativos há seis anos. “Vamos dificultar o atendimento há quem buscar o nosso serviço nesse dia”, disse o vice-presidente do Sintraam, Allan Farias, em resposta às “perdas salariais” da categoria, imposta pelo governo.
Neste mesmo dia, vão paralisar as atividades, a partir das 13h, os trabalhadores da Justiça Eleitoral. “Queremos continuar o processo de mobilização da categoria, para enfrentar a repressão do governo, que é forte”, afirmou o presidente do Sinjeam, Elongio Moreira.
Os representantes dos sindicatos e movimentos sociais voltam a se encontrar no dia 26 deste mês, na sede do Sintraam, para definir os detalhes do ato conjunto aprovado pelas categorias para o dia 6 de junho.
Fonte: Adua |