Docentes, técnicos e estudantes da Universidade Federal do amazonas (Ufam) realizaram um ato público, na manhã desta terça-feira (19), em protesto ao cancelamento da reunião do Governo Federal com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e demais representantes dos setores da educação.
A mobilização, que iniciou por volta das 7h, foi uma programação extraordinária do Projeto Jaraqui. O evento ocorreu na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia) e reuniu cerca de 50 pessoas. “Antes da greve, os estudantes já estavam sem aulas porque não tem professor, o quadro de docentes está defasado. O salário e essas condições de trabalho estão repelindo o interesse pela carreira docente”, disse o professor Jacob Paiva, presidente da Regional Norte I do Andes-SN.
Os integrantes do movimento paredista fizeram panfletagem com informações sobre a greve, discursaram ao ar livre e tiraram dúvidas da população. “Há dois anos o Governo está enrolando para negociar a Reestruturação da Carreira Docente com os professores federais, a prova está em mais um cancelamento”, disse o presidente da Associação dos Professores da Ufam (Adua), Antônio Neto.
O operador de empilhadeira, Éder Costa Dias, 29, informou que tomou conhecimento da greve por meio uma mobilização dos professores no bairro onde ele mora (Cidade Nova, Zona Norte). “Essas manifestações são importantes porque a população não tem ideia do que realmente está acontecendo. A Educação é o princípio de tudo, para qualquer profissão”, disse.
O funcionário público Valdomiro Lobato, 62, vê a paralisação dos professores como um ato democrático. “Minha esposa é professora e sei como é uma profissão que exige muito e é mal remunerada. Os docentes estão certos em paralisar, é uma forma de buscar seus direitos”, opinou.
A greve nacional dos docentes completou um mês no último dia 17 e continua sem previsão de encerrar diante do cancelamento das reuniões de negociação pelo Ministério do Planejamento.
Fonte: Adua |
