“Ensino à Distância é ensino, portanto tem que parar”. A afirmação é do vice-reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Hedinaldo Lima e foi destacada pelo reitor em exercício, nesta segunda-feira (18), durante a reunião entre o Comando Local de Greve (CLG) e a reitoria da Universidade. A falta de concordância entre a posição da instituição em apoio à greve, confirmada com a decisão do Consuni, e a postura das pró-reitorias de Ensino de Graduação (Proeg) e de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp) foi o principal tema do encontro.
Na ocasião, os professores questionaram a manutenção das atividades como a entrega de relatórios, o agendamento de bancas, as aulas do Ensino à Distância (EaD) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic).
“Os professores estão sofrendo assédio moral, sendo constrangidos a dar aulas, a continuar suas atividades como se estivessem em estado de normalidade e não em greve. Estamos questionando essa postura política das pró-reitorias e solicitando uma posição institucional sobre essa questão”, disse o professor Fábio Oliveira. Segundo o professor Marcelo Seráfico, a postura adotada por essas pró-reitorias é de desafio. “Isso é um flagrante desrespeito tanto ao Comando de Greve quanto à administração da universidade, que defendeu apoio ao movimento. Estamos sendo desafiados”, afirmou.
O vice-reitor disse que deve ser verificado se há respaldo legal para paralisar o PIBIC. “Quanto às atividades de pesquisas, acho que algumas delas não podem parar, mas a entrega dos relatórios, claro, deve ser adiada”, disse. Sobre o EaD, o reitor em exercício afirmou claramente que por ser ensino o programa deve ser paralisado durante a greve. Questionado sobre a permanência do funcionamento do Portal do Professor, Lima disse “estranhar” a continuação do acesso à ferramenta, que deveria estar inoperante, segundo ele.
Na reunião, o CLG solicitou reforço na segurança, principalmente dos estudantes que apoiam o movimento devido a dois episódios, ocorridos na semana passada, em que os discentes foram vítimas de intimidação. Como resultado do encontro, foi marcado uma reunião para discutir o Programa de Formação de professores da Educação Básica (Parfor) na próxima segunda-feira (24), às 15h, na sede da Adua.
Fonte: ADUA |