Jair Bolsonaro nomeou, na quinta-feira (25), o Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de ministro da Educação. Financista e oficial da reserva da Marinha, o novo chefe da pasta é o nono militar indicado para o grande escalão do governo. Decotelli é o terceiro ministro do MEC em menos de dois anos. Na gestão de Ricardo Vélez, Decotelli presidiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) por quatro meses.
Para o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, o perfil do novo ministro demonstra, explicitamente, o viés que pouco a pouco vai prevalecendo no ministério. ''É um viés economicista e militar para conduzir um bem social, um direito conquistado. Certamente, distante do projeto de educação que defendemos, será mais um a desestruturar a educação superior pública'', comenta.
Ao ser questionado sobre como pretende exercer sua função, o novo ministro afirma que pretende fazer uma gestão pautada no diálogo. “Não tenho nem preparação para fazer discussão ideológica, minha função é técnica”, disse, ao pontuar que pretende estabelecer relacionamento estreito com Estados e municípios para traçar a retomada das aulas e que irá conversar com o Congresso na articulação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Currículo
Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, mestre pela FGV, doutor pela Universidade de Rosário, Argentina, e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha. Professor de Finanças Nacionais e Internacionais, Análise de Investimentos, Mercado de Capitais e Derivativos, já deu aulas na Fundação Getúlio Vargas (FGV), IBMEC, Febraban e Fundação Dom Cabral.
Fonte: ANDES-SN com edição da ADUA
|