Os professores em greve por tempo indeterminado da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizam nesta quinta-feira (14), às 15h, uma Assembleia Geral para avaliar o andamento da greve, que completa um mês no dia 17 de junho. A reunião será feita no auditório da Associação dos Docentes da Ufam (Adua). O evento contará com os representantes do Comando Local de Greve (CLG), além de outros docentes. O Comando de Greve Estudantil, que apoia a paralisação dos professores, e técnicos administrativos da Ufam, que também entraram em greve na última segunda-feira (11).
Desde a deflagração da paralisação que possui caráter de ocupação e não de esvaziamento, os professores realizaram uma série de atividades dentro e fora das dependências do campus universitário de Manaus e dos campi do interior Estado. Carreatas, passeatas, exibição de vídeos, flash mob, palestras, participações no Projeto Jaraqui, visitas à Câmara Municipal de Manaus (CMM) e à Assembleia Legislativa do Estado (ALE/AM) e acampamento estudantil foram algumas ações que compuseram o calendário oficial da greve dos docentes da Ufam.
Reivindicações
A principal bandeira de luta dos professores federais é a reestruturação da carreira docente, aprovada durante o 31º Congresso do Sindicato Nacional e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro. A proposta está prevista no Acordo firmado em 2011 que ainda não foi cumprida pelo governo federal. “A presidente Dilma Rousseff aprovou o reajuste de 4%, mas este valor sequer compensa as perdas que tivemos com esses últimos anos de inflação”, ressalta o 2º tesoureiro da Adua, professor Luiz Fábio Paiva.
A categoria reivindica carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Hoje, o vencimento básico de um professor federal é de R$ 557,51, para uma jornada de 20 horas semanais. O acordo emergencial firmado entre o Sindicato Nacional e o governo.
Fonte: Adua |