O Comando de Greve Estudantil (CGE), com o apoio da Associação dos Docentes da Ufam (Adua) e do Comando Local de Greve (CLG), abriu oficialmente, nesta segunda-feira (11), o acampamento em apoio à paralisação dos professores, nas redondezas da sede da seção sindical, no Campus Universitário.
O objetivo dos acadêmicos é fixar um ponto dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para discutir e desenvolver ações ao longo da paralisação dos docentes - e dos técnicos administrativos em educação, que também começou nesta segunda -, deflagrada no último dia 17 de maio. “Queremos atrair os estudantes para construir conosco uma pauta de reivindicação estudantil e mostrar para a sociedade que estamos sem professor, sem sala de aula, entre outros problemas que comprometem o ensino”, disse o aluno de Ciências Sociais, Ítalo Lima.
Assim como o CLG, o movimento estudantil possui um calendário de atividades durante a greve. Além da oficina permanente de confecção de cartazes, camisas e vídeos com temas ligados à educação e ao movimento paredista, as ações incluem aula ao ar livre, exibição de filmes, palestras e reuniões. Entre os destaques desta semana está o debate do longa-metragem “O Germinal” com as professoras do departamento de Língua Portuguesa, Nereide Santiago e Lileane Moura. O encontro será na quarta-feira, às 15h, na área do camping. “Todas as sextas-feiras, às 16h, haverá uma reunião para definir as ações estratégias da semana seguinte”, afirmou a estudante de Letras, Jeane Alves.
A acadêmica ressalta que há regras no camping, definidas durante reunião realizada na última quarta-feira (6) com o CLG. Entre elas estão a organização do espaço, a preservação do patrimônio da Ufam e a proibição do uso de drogas e álcool. “Informamos oficialmente ao Comando, à prefeitura do Campus e à equipe de segurança da universidade, para reforçar a seriedade dessa atividade. Fizemos um ‘pré-acampamento’ durante o feriado, com a rotatividade de 30 pessoas, e foi bem tranquilo”, informou.
O acampamento estudantil é resultado de uma solicitação de 22 centros acadêmicos da Ufam, além de alunos de diferentes cursos, que enviaram, na última quarta-feira (6), um documento para solicitar o apoio do CLG e da Adua. “A mobilização dos estudantes ajuda a potencializar o nosso movimento grevista, além de ser uma ação democrática e que revela também o descontentamento deles”, disse o integrante da CLG, professor Tomzé Vale.
Livres
O Comando Estudantil de Greve da Ufam é um movimento independente formado por estudantes de todos os cursos da universidade. Em todo o País, há 33 Comandos Estudantis de Greve que declararam apoio à greve dos professores federais. “Não estamos ligados ao DCE (Diretório Central dos Estudantes), a nenhum partido político ou entidade exterior à Ufam”, ressalta o estudante Ítalo Lima. Outras informações estão no blog www.movimentaufam.blogspot.com.br.
Fonte: Adua |