Os técnicos administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) decidiram suspender as suas atividades a partir desta segunda-feira (11). A greve da categoria é independente da paralisação dos professores da universidade por reivindicar melhorias específicas. Os trabalhadores iniciam o movimento paredista quase um mês após a deflagração da greve dos docentes da Ufam. A decisão foi acertada em Assembleia Geral realizada no hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), na última quarta-feira (6).
“A nossa paralisação não é apenas de apoio aos docentes, mas de luta pelas necessidades da nossa categoria”, disse o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam) Carlos Almeida. Segundo ele, entre as reivindicações dos técnicos estão o ajuste salarial de 17%, calculando a inflação; a reposição dos aposentados e o fim da terceirização.
O representante do Comando Local de Greve (CLG) dos professores, Alcimar Oliveira, discursou na AG dos técnicos. “A terceirização é um problema grave, que afeta não apenas os docentes, mas também os técnicos, na última greve não paralisamos totalmente por causa disso, essa é uma das mil razoes para entrar em greve, não existe nenhuma para continuar as atividades”, discursou.
Outro pleito dos técnicos é a revogação da lei, aprovada em 2011, que privatiza o gerenciamento dos hospitais universitários, transferindo esse poder da universidade para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). “Uma das nossas reivindicações na última greve era justamente impedir que isso acontecesse, mas a mesma estratégia que o governo federal usou com os professores, utilizou com a gente, pediu a suspensão da greve para negociar e até hoje não abriu para negociação”, comentou Almeida.
Fonte: Adua |