Os técnicos administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) definiram, em Assembleia Geral (AG) realizada nesta quinta-feira (31), indicativo de greve para o dia 4 de junho. A decisão é independente da paralisação dos professores da universidade, por reivindicar melhorias específicas da categoria, mas fortalecerá a luta em defesa da universidade pública.
Os trabalhadores aguardam apenas o resultado da plenária da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), que ocorre neste fim de semana, para deliberar sobre o assunto. Os técnicos terão nova AG, na próxima segunda-feira (4), no hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL).
“A nossa paralisação não é apenas de apoio aos docentes, mas de luta pelas necessidades da nossa categoria”, disseo coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Carlos Almeida. Segundo ele, entre as reivindicações dos técnicos estão o ajuste salarial de 17%, calculando a inflação; a reposição dos aposentados e o fim da terceirização.
Outro pleito dos técnicos é a revogação da lei, aprovada em 2011, que privatiza o gerenciamento dos hospitais universitários, transferindo esse poder da universidade para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). “Uma das nossas reivindicações na última greve era justamente impedir que isso acontecesse, mas a mesma estratégia que o governo federal usou com os professores,utilizoucom a gente, pediu a suspensão da greve para negociar e até hoje não abriu para negociação”, comentou Almeida.
O representante do Comando Local de Greve (CLG) dos professores, Alcimar Oliveira, discursou na AG dos técnicos, alertando para problemas comuns enfrentados pelas categorias. “A terceirização é um problema grave, que afeta não apenas os docentes, mas também os técnicos. Essa é uma das razões para entrar em greve”, discursou.
Fonte: Adua |