Integrantes do Comando Local de Greve (CLG) dos docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) estiveram, na manhã desta quinta-feira (31), no plenário Ruy Araújo, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), na tentativa de sensibilizar os deputados estaduais sobre a atual situação de precariedade da Ufam. Durante a “cessão de tempo” na casa legislativa, solicitada pelo deputado José Ricardo Wendling (PT), os professores defenderam a reestruturação da Carreira Docente, principal bandeira de luta da categoria, em greve por tempo indeterminado.
O presidente da Associação dos Docentes da Ufam (Adua), Antônio Neto, abriu a sessão que contou apenas com sete dos 24 deputados, entre eles o presidente da casa, Ricardo Nicolau (PSD). “Não estamos lutando por melhores salários, estamos lutando por um conceito de educação novo, por uma universidade pública de qualidade a serviço da sociedade e isso passa pelo bem-estar do professor, que precisa ser remunerado dignamente”, ressaltou. “Estarmos aqui ampliar nosso diálogo com a sociedade, que passa a compreender as nossas necessidades”, emendou o tesoureiro da Adua, José Humberto Michiles.
 De acordo com o vice-presidente da Regional Norte I do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), professor Jacob Paiva, a luta cotidiana dos docentes é contra a privatização das universidades públicas. “Nós estamos lutando por uma carreira com 13 níveis de ascensão para que os professores tenham um salário e uma aposentaria digna e se dediquem exclusivamente à universidade”, afirmou.
O presidente da Comissão de Educação da Aleam, deputado Sidney Leite (DEM) informou que a casa está em processo de produção de um documento para exigir mais celeridade na finalização do Plano Nacional de Educação (PNE). “A educação tem sido um tema constante no plenário da Aleam e mais da metade dos deputados já assinaram o documento”, disse.
O deputado Luiz Castro (PPS) se comprometeu em informar o partido nacional sobre a situação da Ufam e em mobilizar os deputados na busca de melhorias para educação. “A educação é uma necessidade básica do País”, disse.
Devido à falta de quórum, por conta da presença de apenas sete deputados, a moção de apoio à greve será votada nesta sexta-feira (1/6). Durante a sessão estavam presentes também os deputados José Lôbo (PCdoB), Marcos Rotta (PMDB) e Chico Preto (PSD).
Fonte: Adua |
