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“Carreata Cidadã” marca 1ª semana de greve dos professores da Ufam



Em torno de 150 veículos participaram da “Carreata Cidadã” organizada pelos professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em greve por tempo indeterminado. Com carro de som, bandeiras vermelhas e cartazes com palavra de ordem simbolizando o movimento paredista, docentes, estudantes de diversos cursos e representantes de entidades sindicais participaram da atividade. A ação faz parte do calendário oficial da paralisação, iniciada no dia 17 de maio.

A mobilização ocorreu na manhã desta quinta-feira (24), com saída do estacionamento do Campus Sul (antigo mini-campus). Os mais de cem carros cruzaram a Avenida Rodrigo Otávio e a Avenida Cosme Ferreira, seguindo até o Complexo Viário do São José, na zona Leste da capital. No retorno ao Campus Universitário, a carreata passou pela Faculdade de Educação (Faced) e pela reitoria da Ufam.

Na avaliação dos representantes do Comando Local de Greve (CLG), o evento surtiu o efeito esperado. “A participação correspondeu às expectativas do Comando Local de Greve como primeira atividade de rua, que já começou com uma força considerável e isso será positivo para as futuras atividades externas, que serão feitas se necessárias”, disse o 2º vice-presidente regional Norte I do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Jacob Paiva.

“É de extrema pertinência dar essa visibilidade à greve, levar esse debate à sociedade para forçar o governo a resolver as paralisações das Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior)”, acrescentou Paiva, ressaltando que a comunidade acadêmica precisa do apoio da sociedade na cobrança por mais investimentos no setor da educação.

A atividade foi finalizada com o “Flash Mob” organizado pelos centros acadêmicos que apoiam a greve dos docentes. No ato, estudantes do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) e da Faculdade de Tecnologia (FT) ficaram seminus, em protesto por melhores condições de ensino na Ufam. Pintados com as letras que formam as palavras “educação” e “indignação”, eles fizeram a performance para chamar a atenção da sociedade. “Educação sem ação é igual à indignação. Nós estamos em luto por conta do descaso do governo com esse setor. A nossa nudez representa a transparência e apoio à greve”, disse a estudante de Letras Língua Portuguesa, Thaís Souza.

Reivindicações - A principal bandeira de luta dos professores federais é a reestruturação da carreira docente, aprovada durante o 31º Congresso do Sindicato Nacional e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro. A proposta está prevista no Acordo firmado em 2011 que ainda não foi cumprida pelo governo federal. “A presidente Dilma Rousseff aprovou o reajuste de 4%, mas este valor sequer compensa as perdas que tivemos com esses últimos anos de inflação”, ressalta o 2º tesoureiro da Adua, professor Luiz Fábio Paiva.

A categoria reivindica carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Hoje, o vencimento básico de um professor federal é de R$ 557,51, para uma jornada de 20 horas semanais. O acordo emergencial firmado entre o Sindicato Nacional e o governo.

Fonte: Adua



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