Entre as diversas frases bombásticas que vieram a público na divulgação da reunião interministerial do dia 22 de abril, uma chama a atenção para o modo enviesado com que o governo Bolsonaro enxerga servidoras e servidores públicos.
O vídeo, exibido quase integralmente - uma pequena parte foi vetada para não criar potenciais problemas incontornáveis com a China e com o Paraguai - respondia a uma demanda do ex-ministro, Sérgio Moro, na tentativa de demonstrar interferência do presidente no comando da Polícia Federal do Rio de Janeiro.
Durante a reunião, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixou a entender que as servidoras e servidores públicos do Brasil são ‘‘inimigos’’ do país, ao dizer que, ‘‘nós já botamos granada no bolso do inimigo e isso vai nos dar tranquilidade de ir até o final’’, em alusão à suspensão de reajustes salariais de várias categorias do serviço público até dezembro de 2021.
Na avaliação do presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, a fala de Guedes reforça a compreensão de que, para o governo Bolsonaro, as servidoras e os servidores públicos do país são o alvo da vez no desmonte do Estado Nacional.
‘‘Desde o início de sua gestão, Paulo Guedes ataca a categoria dos servidores públicos do país. Como exemplo, em fevereiro deste ano, comparou os servidores a parasitas. Ou seja, de lá para cá, apresenta não ter nenhum plano emergencial para salvar vidas dos trabalhadores e trabalhadoras, nem sequer nenhuma vontade em assegurar renda e emprego. Há apenas a necessidade e a mentalidade de atender o clamor de grandes empresários e a política privatista de Guedes”, disse Antonio Gonçalves.
Fonte: ANDES-SN com edição da ADUA
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