Os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) confirmaram a adesão à greve nacional, durante Assembleia Geral, realizada na manhã de hoje (15), na sede da Associação dos Docentes da Ufam (Adua). A paralisação das atividades, que começa a partir desta quinta-feira (17), será de ocupação do campus universitário por tempo indeterminado.
Mais de 150 pessoas, entre técnicos, alunos e professores participaram da assembleia. Pelo menos 90 docentes, sindicalizados e não-sindicalizados, participaram da votação para definir a greve. Desse total, houve apenas duas abstenções e nenhum voto contra. “A proposta não é fazer uma greve de esvaziamento do campus e sim de atividades previstas pelo calendário de ações do Comando Local de Greve (CLG)”, disse o presidente da Adua, professor Antônio Neto.
O CLG irá se reunir, hoje, às 15h, para protocolizar a decisão na reitoria da Ufam, solicitando a suspensão do calendário acadêmico. Além disso, durante a assembleia o professor do curso de Ciências Sociais, Luiz Fernando Santos, foi escolhido como representante do CLG para participar das reuniões em Brasília (DF). Um dos pontos definidos na assembleia foi o desconto de R$ 50 do salário dos professores para viabilizar os custos da paralisação.
Reivindicações
A principal bandeira de luta dos professores federais é a reestruturação da carreira docente, aprovada durante o 31º Congresso do Sindicato Nacional e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro. A proposta está prevista no Acordo firmado em 2011 que ainda não foi cumprida pelo governo federal. “Ontem, a presidente Dilma Rousseff aprovou o reajuste de 4%, mas este valor sequer compensa as perdas que tivemos com esses últimos anos de inflação”, ressalta o 2º tesoureiro da Adua, professor Luiz Fábio Paiva.
A categoria reivindica carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Hoje, o vencimento básico de um professor federal é de R$ 557,51, para uma jornada de 20 horas semanais. O acordo emergencial firmado entre o Sindicato Nacional e o governo.
Fonte: Adua |