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Adua promove Assembleia Geral nesta terça-feira (15), para deflagrar greve ou não na Ufam



Os professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) irão deflagrar greve por tempo indeterminado, a partir de quinta-feira (17). A decisão foi tomada neste sábado (12), durante reunião na sede do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições Ensino Superior (Andes-SN), em Brasília. A greve foi aprovada sem nenhum voto contrário: foram 33 votos favoráveis e três abstenções, dos docentes de 36 universidades públicas que estavam presentes no momento da votação. A reunião contou com a presença de 60 representantes de 43 Ifes.

A deliberação das Ifes deve ser levada para as assembleias locais nas diversas seções sindicais do Andes-SN nas instituições federais brasileiras, para confirmação da greve na base. É que o ocorrerá nesta terça-feira (15), a partir das 9h30, na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Na avaliação do presidente da Adua, Antônio Neto, a categoria deve confirmar adesão ao movimento paredista a partir de quinta-feira (17). “O trabalho que se fez ao longo desse processo, com diversas ações de mobilização, com panfletagem nas unidades acadêmicas, o uso dos mecanismos de comunicação do movimento e a própria força do movimento nacional fez com que a categoria tomasse conhecimento do fato de que a negociação com o governo não avança há muito tempo”, disse.

Ele reconhece que o movimento poderá ter resistência por parte de alguns docentes, mas ressalta que setores mais “tímidos” já se mostram mais à vontade para aderir à greve. “Há muita indignação quanto à forma como o governo vem conduzindo as negociações, além das condições de trabalho precárias na Ufam e baixos salários no magistério superior”, completa.

Uma vez referendada pela categoria local, a reitoria deve ser notificada e as atividades serão suspensas por tempo indeterminado. Para coordenador o movimento, deve ser instalada também uma assembleia local permanente e constituído o comando local de greve (CLG). As atividades que sejam consideradas essenciais serão assim entendidas e negociadas entre as instituições e os CLG, conforme suas especificidades. Na Ufam, a última greve ocorreu em 2005 e durou cerca de 70 dias.

Na quinta-feira (17) será instalado o Comando Nacional de Greve na sede do Sindicato Nacional, em Brasília. Neste mesmo dia, os servidores públicos federais realizam 24 horas de mobilização e paralisação geral da categoria.

Reivindicações - Tendo como referência a pauta da Campanha 2012 dos professores federais, aprovada no 31º Congresso do Sindicato Nacional e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro, os docentes reivindicam a reestruturação da carreira - prevista no Acordo firmado em 2011 e descumprido pelo governo federal.  

A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Atualmente, o vencimento básico de um professor federal é de R$ 557,51, para uma jornada de 20 horas semanais.

O acordo emergencial firmado entre o Sindicato Nacional e o governo no ano passado, estipulava o prazo de 31 de março para a conclusão dos trabalhos do grupo constituído entre as partes e demais entidades do setor da educação para a reestruturação da carreira. Mas, as negociações não avançaram.

Fonte: Adua e Andes-SN



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