Seguindo uma orientação do Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em Parintins decidiram em Assembleia Geral, realizada nesta quinta-feira (10), nas dependências do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), apoiar o indicativo de greve mantido para 17 de maio, conforme agenda nacional da categoria.
Durante a Assembleia, vários professores manifestaram insatisfação com o processo de negociação junto ao Governo Federal, que vem se arrastando desde o ano passado e até agora não obteve nenhum resultado. “Se nós não pararmos agora, não haverá mais greve este ano e não conseguiremos nada”, afirmou um dos docentes presentes na Assembleia.
Mais prejudicados
Além da falta de isonomia entre os servidores do Governo Federal regidos pelo Regime Jurídico Único (RJU), no qual outras categorias que possuem apenas graduação começam a carreira ganhando mais do que um professor doutor de uma Instituição Federal de Ensino Superior (Ifes), outro problema enfrentado pelos docentes é a ausência de um Plano de Carreiras que amplie o poder remuneratório e torne a carreira do Magistério Superior mais atrativa.
Tal reflexão foi feita a partir da análise dos baixos salários pagos a estes professores, do alto custo de vida na região e da inexistência de um adicional de localidade - como acontece na Universidade Estadual do Amazonas (UEA), por exemplo - para suprir as necessidades materiais destes trabalhadores.
A partir das decisões encaminhadas, na próxima quinta-feira, dia 17, haverá outra Assembleia Geral dos professores de Parintins que irá analisar os últimos resultados da reunião com o Governo, agendada para o dia 15 de maio e, posteriormente, caso as negociações não avancem, deflagrar a greve geral.
Fonte: Adua |