Docentes de várias unidades acadêmicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) devem suspender atividades nesta quarta-feira (25), dia de Paralisação Nacional dos Servidores Públicos. A adesão ao movimento que ocorrerá em todo o país foi proposta pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e aprovada pela categoria local em assembleia realizada na última quinta-feira (19).
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Ufam (Adua), Antônio Neto, esta quarta-feira será marcada por uma “paralisação de convencimento”. “Não haverá fechamento do Campus, mas vamos aproveitar a parte da manhã deste dia para passar nas salas e departamentos, com intuito de dialogar com os colegas sobre a programação prevista para essa data e ganhar apoio da comunidade acadêmica ao nosso movimento”, explicou.
À tarde, a partir das 14h30, está prevista a realização de uma Assembleia Universitária, no hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), com a participação também de técnicos administrativos em educação e estudantes. “Nesse momento, serão debatidas as nossas reivindicações e as razões de todo o processo de mobilização e do indicativo de greve, previsto para o dia 17 de maio”, disse.
A reestruturação da carreira docente, com a apenas um cargo único (professor federal), ao invés das cinco classes, como ocorre hoje (professor auxiliar, assistente, adjunto, associado e titular); incorporação das gratificações ao vencimento básico do docente; reposição salarial de 4% (que deveria vigorar a partir de março, conforme acordo assinado com o governo, em agosto do ano passado); paridade e integralidade entre ativos, aposentados e pensionistas; além da aplicação imediata de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação pública estão entre as reivindicações da categoria.
Comando de Mobilização
Com intuito de ganhar mais adesão ao movimento, o Comando Local de Mobilização, formado por aproximadamente 20 professores, já deu início às ações de divulgação da paralisação nacional desta quarta-feira (25), com panfletagem e aviso nas salas de aula.
Divididos em dois grupos, os professores passaram, nesta segunda-feira (23), nas unidades acadêmicas da Ufam localizadas nas zonas Sul e Centro-Sul de Manaus (nos cursos de Farmácia, Medicina, Odontologia e Enfermagem), além das Faculdades de Ciências Agrárias (FCA), Educação Física e Fisioterapia (Feff), de Psicologia, de Tecnologia (FT), de Direito (FD), de Educação (Faced) e de Estudos Sociais (FES), bem como nos Institutos de Ciências Biológicas (ICB), Ciências Exatas (ICE) e Ciências Humanas e Letras (ICHL).
O movimento também deve ‘ressoar’ nas unidades acadêmicas da Ufam fora da capital: Benjamin Constant, Humaitá, Parintins, Coari e Itacoatiara, para onde estão sendo enviados os kits de divulgação do movimento. “Sem organização de luta, acabaremos ludibriados pelo governo”, disse o professor Aloysio Nogueira.
Fonte: Adua |