Data: 14/10/2019
O movimento contra o "Future-se" ganha mais força nas universidades. Assim como os estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), os discentes da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Campus Jaguarão (RS), aderiram à greve contra o programa do governo federal que visa à mercantilização do ensino superior público.
Deflagrada no dia 10 de setembro, a greve estudantil na UFSC ganhou adesão do setor da pós-graduação no dia seguinte. Já na Unipampa a paralisação teve início no dia 17 de setembro com reivindicações tanto contra o "Future-se" quanto contra os cortes no orçamento das instituições federais de ensino.
Devido à política de Bolsonaro que busca o desmonte e sucateamento na educação, a restrição orçamentária impôs limites à capacitação de servidores, à realização de programas de formação continuada dos docentes, à manutenção de laboratórios e à compra de insumos necessários para as práticas acadêmicas, além de afetar o pagamento dos contratos de terceirizados, de energia elétrica, água e saneamento e telefonia.
De acordo com o 1º secretário da Regional Rio Grande do Sul do ANDES-SN, Guinter Tlaija Leipnitz, a greve estudantil tem ocorrido de forma autônoma e tem chamado a atenção da população sobre os ataques enfrentados pela universidade. "Neste contexto de ataques que a universidade pública, em particular, e a Educação pública, como um todo, vêm sofrendo, é fundamental a solidariedade da categoria docente para com os estudantes, buscando-se, sempre que possível, o diálogo com o movimento estudantil e a realização de ações unificadas", disse.
Fonte: ANDES-SN com edição da ADUA-SSind.
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