Data: 01/10/2019
Até agora, 34 instituições federais rejeitaram o programa “Future-se” lançado pelo governo de Bolsonaro em julho deste ano, conforme o jornal O Estado de S. Paulo. O "Future-se" tem por objetivo a criação de um fundo para atrair investimentos privados para as instituições públicas de ensino superior. As primeiras universidades a rejeitarem a proposta foram as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de Minas Gerais (UFMG), do Amazonas (Ufam), de Roraima (UFRR) e de do Amapá (Unifap).
Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Conselho Universitário aceitou o indicativo de uma assembleia realizada por técnicos, estudantes e docentes e resolveu não aderir ao “Future-se”.
Em Minas Gerais, o programa de financiamento do governo também foi rejeitado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) numa reunião em que estavam presentes o Diretório Central dos Estudantes (DCE), a Associação dos Professores do Ensino Superior de Juiz de fora (Apes-JF) e o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora (Sintufejuf).
De acordo com um artigo publicado no Jornal da USP pelo professor e vice-diretor da Faculdade de Filosofia; Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), Paulo Martins, o “Future-se é uma arma perigosa nas mãos mal-intencionadas desse governo. Afinal esse sempre quis claramente o estado mínimo ultraliberal no qual não há espaço para a Educação Pública de nível superior. O que nos resta é resistir em defesa das leis e da Constituição do País para que não sejamos devorados por essa política pública antipopular nefasta e nefanda”.
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Fonte: Causa Operária com edição da ADUA-SSind.
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