Data: 25/09/2019
Candidatas e candidatos a reitorias que venceram o pleito em cinco universidades federais, mas não foram indicados pelo presidente Bolsonaro assinaram uma carta conjunta afirmando "estar em risco a consolidação da produção científica nacional, da educação superior" e "o próprio horizonte do país". O documento acrescenta, ainda, que a indicação de outros candidatos não eleitos pela comunidade acadêmica gera "desorganização e instabilidade institucional".
O documento é assinado por Anderson Ribeiro, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS); Custódio de Almeida, da Universidade Federal do Ceará (UFC); Fábio César da Fonseca, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM); Georgina dos Santos, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); e Gilciano Nogueira da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
A tradição de nomear o candidato mais votado já durava mais de 15 anos, mas Bolsonaro tem adotado práticas antidemocráticas em seu mandato. Em diversas universidades federais do país houve intervenção do presidente na escolha das reitorias ao não escolher o mais votado pela comunidade acadêmica e sim quem é aliado da governista. A intenção de Bolsonaro é enfraquecer a militância e a oposição. Outra estratégia do governo é mercantilizar as universidade públicas e acabar com a autonomia universitária através do "Future-se", programa do Ministério da Educação (MEC).
Foto: Lucas Tavares/Zimel Press / 26/08/2019
Fonte: O Globo com edição da ADUA-SSind.
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