Data: 20/09/2019
A fase de discussões da Reforma da Previdência no Senado foi encerrada no último dia 16 e o texto deve ser votado em 1° turno na próxima semana, no dia 24. O segundo turno de votação está previsto para 10 de outubro e, caso seja aprovada, a reforma irá para promulgação do Congresso, passando a valer imediatamente.
Mesmo após diversos protestos, além de estudos apresentados que demonstram uma clara tentativa de prejudicar os mais pobres, o governo segue com a contrarreforma que irá acabar com o direito à aposentadoria e os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no país.
A Reforma da Previdência, na prática, vai impedir que milhões de trabalhadores e trabalhadoras se aposentem, além de restringir e dificultar o acesso a benefícios do INSS como as pensões por morte, aposentadoria especial e por invalidez, PIS, BPC, entre outros.
Segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais (Anfip), a reforma terá um impacto “arrasador” para a economia da maioria das cidades do interior do país. O dinheiro da Previdência hoje é o motor da economia de mais de 3 mil cidades, ou seja, é o que movimenta o comércio, mercearias, padarias, farmácias e ajudam na educação. Esse sistema será destruído pelas novas regras, levando a uma queda no acesso à renda de milhões de famílias e na arrecadação municipal.
Protestos e repúdio
Diversos protestos contra a Contrarreforma da Previdência pararam o país neste ano como a Greve Geral de 14 de junho. E as manifestações continuam. As Centrais Sindicais aprovaram a realização de protestos em Brasília (DF), no próximo dia 24, no Senado e no aeroporto em recepção aos senadores.
A diretoria do ANDES-SN destacou a natureza perversa da contrarreforma e criticou a maneira com que o governo tenta impor suas políticas nefastas. “Um dos aspectos mais perversos da proposta da Reforma da Previdência, é a instituição do sistema de capitalização. Com ele, cada trabalhador entregará parte de seu salário a um fundo de investimento privado, não havendo garantia de recebimento de aposentadoria no futuro”, declarou;.
A CSP-Conlutas também vem se manifestando continuamente contra essa reforma. “A CSP-Conlutas segue na campanha contra essa reforma injusta e à frente das lutas em defesa das aposentadorias e da Previdência Social. A Reforma da Previdência só vai beneficiar os ricos. A tal “economia” com a reforma será arrancada da aposentadoria dos trabalhadores e dos benefícios dos mais pobres”, destacaram.
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Fonte: ADUA-SSind. com informações do ANDES-SN e CSP-Conlutas
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