Data: 16/09/2019
A Greve Global em defesa do Clima e do Meio Ambiente irá ocorrer no próximo dia 20. Mais de dois mil protestos estão confirmados em cerca de 120 países. No Brasil, manifestantes voltarão a tomar as ruas nas principais cidades, em mais um ato em defesa de direitos. Motivos para protestos não faltam e têm sido conhecidos mundialmente a partir de verdadeiros abusos por parte do governo Bolsonaro.
Em oito meses de governo, foram realizadas centenas de autorizações para exploração na região amazônica, queimadas desenfreadas, afrouxamento da fiscalização do Meio Ambiente, além de demissões e deboche às instituições de pesquisa como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a cientistas.
Segundo levantamento do próprio Inpe, em 2019 o desmatamento da Amazônia aumentou 222% em comparação ao mesmo período de agosto do ano passado. A organização WWF-Brasil revelou que, na Amazônia, 31% dos focos de queimadas registrados até agosto deste ano localizavam-se em áreas que eram floresta até julho de 2018.
Tal comportamento do governo Bolsonaro é explicado pelo fato de que o apoio para eleição veio da bancada ruralista. Além disso, a partir de uma política subserviente e entreguista, a Amazônia pode ser servida às fatias para os interesses internos e externos para gigantes do agronegócio, grileiros e ruralistas.
Para o representante do Setorial do Campo da CSP-Conlutas, Waldemir Soares Jr., são diversas as declarações de Bolsonaro e ministros que estimulam o direito de fazendeiros desmatarem de acordo com seus interesses, de madeireiros, garimpeiros e grileiros de avançarem sobre a Amazônia. "Sem contar que já anunciou que pretende permitir a exploração de terras indígenas. Essa política é que tem resultado nessa verdadeira devastação ambiental”, afirma.
Reforma da Previdência
As centrais sindicais escolheram a data para, além de convergir como maneira de apoio à pauta pelo clima, trazer como outra demanda a luta contra a Reforma da Previdência, que poderá ser votada até o dia 18. As mobilizações do que foi determinado pelas Centrais como Dia Nacional de Paralisações e Manifestações em Defesa do Meio Ambiente, Direitos, Educação, Empregos e Contra a Reforma da Previdência, começarão pela manhã, com atos e assembleias nos locais de trabalho, e com participação, na parte da tarde, nos atos já programados nas diversas capitais.
“É preciso fortalecer a luta contra a destruição da Amazônia e as queimadas, em meio aos absurdos ataques de Bolsonaro, que assinou mais de 500 autorizações para exploração florestal”, e ainda a partir desse momento trazer a denúncia de “outros ataques como, além da reforma da Previdência, a MP 881, por exemplo”, afirmou o dirigente e membro da Secretaria Executiva Nacional da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), Paulo Barela.
Fonte: CSP-Conlutas |