Data: 02/09/2019
O acesso ao Restaurante Universitário (RU) somente para estudantes isentos e o cancelamento da Semana da Pesquisa de Extensão (Sepex) são algumas das medidas possíveis de serem adotadas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se o Governo Federal mantiver o bloqueio orçamentário da instituição.
Essas e outras medidas são propostas para mitigar o bloqueio de mais de 30% do orçamento de custeio e capital que a UFSC enfrenta. No total, estão indisponíveis para a instituição mais de R$ 43 milhões dos R$ 145 milhões inicialmente aprovados pelo governo.
As cerca de 15 medidas que compõem a proposta – que deve ser apresentada à comunidade universitária e à sociedade até o dia 3 de setembro – preveem a economia de quase R$ 1,8 milhão e serão tomadas a partir de 15 de setembro.
Este valor, no entanto, é, segundo o secretário de Planejamento e Orçamento da UFSC, Vladimir Arthur Fey, suficiente para apenas mais um mês. “Nesse sentido, se persistirem os bloqueios do Ministério da Educação (MEC), a partir de 15 de outubro, a Universidade pode parar seu funcionamento”.
O anúncio foi realizado na reunião ampliada entre estudantes, técnicos-administrativos em Educação (TAEs) e professores, que ocorreu na quinta-feira (29), no Auditório do Espaço Físico Integrado (EFI) da UFSC. Em pauta, a situação financeira da UFSC e as medidas que a Administração Central planeja tomar frente aos bloqueios orçamentários impostos pelo Governo Federal às Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).
“Future-se”
O reitor Ubaldo Cesar Balthazar se manifestou contrário ao projeto Future-se e informou que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) prepara uma proposta alternativa.
Os presentes se manifestaram contrariamente ao projeto, aos bloqueios e às medidas propostas pela UFSC, convocando a comunidade universitária aos atos e movimentos contra as ações do MEC.
Ubaldo confirmou que a Administração Central suspenderá as aulas, a partir das 16h do dia 2 de setembro para na Assembleia Geral Universitária com as três categorias (estudantes, TAEs e professores) para discussão do programa “Future-se”; e a partir das 13h do dia 3 de setembro, para possibilitar a participação de todos na Sessão Pública do Conselho Universitário, para deliberação sobre o “Future-se”.
Fonte: Revista W3 com edição da ADUA-SSind.
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