Data: 22/08/2019
Diante dos inúmeros ataques do governo Bolsonaro à Educação, professoras e professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) aprovaram indicativo de greve em assembleias descentralizadas. A aprovação ocorreu no campus de Manaus, o último dia 22, no auditório da ADUA e nas unidades fora da sede de Parintins, Humaitá e Benjamin Constant, na quarta (21). A categoria decidiu também a organização de um Comando de Mobilização de Greve formado por docentes, estudantes e técnicos da universidade.
“Essa é a posição que ADUA levará para a reunião do setor das Instituições Federais de Ensino, em Brasília, nos próximos dias 24 e 25, onde se terá um panorama da situação nacional”, informou o presidente da ADUA-SSind. professor Marcelo Vallina. O indicativo de greve por tempo indeterminado está sendo discutido em todo o país nas seções sindicais do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).
Com 17 votos favoráveis, 2 contrários e 3 abstenções, professores e professoras da Ufam do campus da capital aprovaram o indicativo de greve por tempo indeterminado. A Assembleia Descentralizada em Manaus contou a participação de docentes, universitários, pós-graduandos e egressos da Universidade.
No Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), em Humaitá, foram 19 votos a favor e nenhum contrário nem abstenção. Em Parintins, no Instituto de Ciências Sociais,Educação e Zootecnia (ICSEZ), também por unanimidade, foram contabilizados 11 votos a favor do indicativo de greve.
Os/As docentes do Instituto de Natureza e Cultura (INC), em Benjamin Constant, decidiram pela construção de grupos de discussão com a comunidade acadêmica na intenção de intensificar a mobilização. As datas de reuniões de mobilização nas unidades da Ufam fora da sede serão marcadas para a próxima semana e divulgadas em breve.
Durante as assembleias, professores e estudantes se manifestaram sobre o atual momento do País de desmonte das Universidades Públicas, dos riscos do projeto “Future-se”, dos cortes aos orçamentos das instituições, além dos fortes e amplos impactos ambientais e sociais da política de Bolsonaro. A comunidade ressaltou a importância de mobilização para enfrentamento aos esses ataques.
Congresso
Durante a assembleia, a categoria escolheu também os quatro docentes que irão representar a ADUA-SSind. no 4º Congresso Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas). Foram indicados os professores Aldair Oliveria de Andrade, José Alcimar Oliveira (Ufam/Manaus), Soraya Farias (ICSEZ/Parintins) e Douglas de Paula (IEAA/Humaitá).
Com tema “Avançar na Construção da Central Sindical e Popular”, o 4º Congresso da CSP-Conlutas será realizado, de 3 a 6 de outubro, em Vinhedo (SP) e discutirá a conjuntura dos protestos realizados neste ano; defesa das mulheres, negros, LGBTQ+; a defesa do trabalho e da educação pública e o posicionamento contrário a Reforma da Previdência.
*O indicativo de greve é diferente de deflagração da greve. O indicativo de greve é um alerta de que a categoria está se mobilizando para uma possível greve que será definido com as demais seções sindicais do ANDES-SN.
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