Anunciado no início do ano pelo governo Bolsonaro, o corte nas verbas da educação já está afetando o funcionamento das Instituições de Ensino Superior do país. Em pelo menos 21 universidades federais, as pesquisas e ações de extensão estão com os dias contados. Caso a situação não seja revertida, as aulas poderão ser suspensas.
Nesta semana, reitores de universidades públicas se reuniram com o ministro da Educação solicitando a liberação dos recursos. Em julho, o governo Bolsonaro anunciou mais um corte de verbas destinadas ao MEC: R$ 384,5 milhões. Esta medida faz parte de um novo contingenciamento de recursos do orçamento em 2019, que ultrapassa o valor de R$ 1,43 bilhões. Em março, quando foram bloqueados R$ 34,955 bilhões; a área mais atingida foi a educação.
Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o déficit causado pelo bloqueio já chega a casa dos R$ 29 milhões como consta no relatório “Bloqueio Orçamentário e seus impactos na universidade”, do Departamento de Orçamento da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Proplan). Do total de R$ 38,3 milhões bloqueados na Ufam, R$ 31,3 milhões são referentes a “despesas correntes”, que abrangem, entre outros itens, o custeio de projetos como Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic); Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibit); Programa Atividade Curricular de Extensão (Pace); Programa de Apoio à Realização de Cursos e Eventos (Parec); monitoria e estágio obrigatório.
Frente a esses inúmeros ataques, o indicativo de greve por tempo indeterminado será discutido em Assembleia Descentralizada dos docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O encontro irá ocorrer nesta quinta-feira (22), às 9h, no auditório da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA), no campus universitário, em Manaus.