Data: 21/06/2019
O governo Bolsonaro nomeou, nesta terça-feira (18), para a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) o segundo colocado da lista tríplice de candidatos definida pela instituição, indo de forma contrária a maior parte da vontade popular. É a primeira vez em, pelo menos, 15 anos que isso ocorre em uma universidade federal.
Esta tradição se mantinha desde o governo Lula, e até então, sempre o primeiro colocado era o escolhido, para respeitar a vontade da comunidade. O ministro da Educação, Abraham Weintraub fez a indicação para realizar uma audiência no Senado, no dia 7 de maio, que analisou a configuração política para determinar nomeações restantes, a grande suspeita, é de que o professor de Filosofia e Ciências Sociais, Fábio Fonseca, tenha ficado de fora por ter tido filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT).
O professor Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo, segundo colocado, foi nomeado em decreto assinado por Bolsonaro e Weintraub. Para o professor Fonseca, isto é um ataque direto à autonomia universitária. “É uma afronta à autonomia universitária, à democracia e à história das universidades federais brasileiras. Trata-se de uma nomeação ilegítima, desrespeitosa e provocadora de instabilidades institucionais".
A eleição na UFTM ocorreu em julho de 2018. Fonseca havia vencido em consulta informal com a participação de alunos, professores e técnicos administrativos. No colégio eleitoral, voltou a vencer e encabeçou a lista tríplice enviada ao MEC.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo com edição da ADUA-SSind. |