Data: 07/06/2019
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, defendeu nesta quinta-feira (6) o setor privado como principal agente na expansão do Ensino Superior. “Esse setor vai crescer muito, e o Estado brasileiro, através dos impostos, que já estão pesados, não tem condição de atender à demanda gigantesca que vai acontecer nos próximos anos”, disse o ministro a representantes de instituições particulares de Ensino Superior no 12º Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular, em Belo Horizonte (MG).
“Existe espaço para instituições federais e existe para as estaduais, mas, olhando para a perspectiva do Brasil – e o crescimento vai acontecer –, é muito claro que não há condição de o atual estado de contas do setor público nutrir a atual estrutura educacional estatal para atender à demanda que vai acontecer”, afirmou Weintraub.
O ministro enfatizou a postura liberal do governo que, segundo ele, não pretende aumentar a intervenção entre “uma pessoa que quer estudar e um grupo de pessoas que quer ensinar”. E acrescentou: “O MEC e este governo querem dar liberdade para vocês. A liberdade para produzir, para trabalhar, para atingir os seus objetivos.”
De acordo com o Censo da Educação Superior, o setor privado detém hoje 75,3% das matrículas totais no Ensino Superior. Na outra ponta, no setor público, o Ensino Superior foi alvo de contingenciamento nos últimos meses. A pasta chegou a bloquear o 3,4% do orçamento total das universidades federais. Atualmente, o MEC tem R$ 5,8 bilhões contingenciados. O valor representa 3,9% do orçamento de 2019 do ministério, que é de R$ 149,7 bilhões.
De acordo com os últimos dados do Censo da Educação Superior, de 2017, 62,1% das matrículas de licenciaturas estão em instituições privadas.
Fonte: Agência Brasil com edição da ADUA-SSind. |