Data: 31/05/2019
Tambores, cartazes, faixas, cornetas e palavras de ordem. Foi com bastante vigor e engajamento que o 2º Dia Nacional em Defesa a Educação Pública aconteceu, na última quinta-feira (30), no centro de Manaus, em resposta ao congelamento de R$ 1,7 bilhão no orçamento das universidades federais, feito pelo governo Bolsonaro. Segundo os organizadores, cerca de 20 mil manifestantes foram às ruas. A Seção Sindical dos Docentes da Ufam (ADUA-SSind.) participou e apoiou o ato.
“Ô Bolsonaro, seu fanfarrão, eu vou pra rua defender a educação”. Assim cantavam os estudantes, professores e professoras, trabalhadores e trabalhadoras que fizeram a concentração na Praça 5 de Setembro (Praça da Saudade), às 14h. Estavam ali representantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Federal do Amazonas (Ifam), além de entidades como União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
O professor de Filosofia na Ufam, José Alcimar de Oliveira, falou sobre a importância de investimento nas universidades públicas. “Viemos em defesa do ensino público, que é o maior patrimônio deste país. Nenhum país de soberania no mundo chegou a este patamar sem ter universidades públicas consolidadas”, afirmou.
O estudante de Direito na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e vice-presidente da Une regional, João Victor, comentou sobre a manifestação. “Os cortes na educação representam um atraso e prejudicam os estudantes, essa é a nossa resposta, e o governo vai ouvir nossa indignação”, afirmou.
A manifestação seguiu da Praça da Saudade, com palavras de ordem e discursos pela Rua Epaminondas, subindo a Avenida Getúlio Vargas e encerrando na Praça do Congresso, na Rua Ramos Ferreira.
Durante o protesto, os manifestantes convocaram à população para a Greve Geral no dia 14 de junho. O ato nacional irá ocorrer em resposta ao direito da aposentadoria, contra a Proposta de Emenda Constitucional PEC 6/19, projeto de Reforma da Previdência apresentado pelo governo Bolsonaro, e os ataques à educação.
Fonte: ADUA-SSind.
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