 Depois de discutir uma série de assuntos referentes às políticas sociais, a plenária dos professores participantes do 31º. Congresso do Andes-SN aprovou na tarde desta terça-feira (17) o Texto de Resolução (TR) 3, que trata sobre ‘Ciência e Tecnologia’. O tema foi um dos que mais recebeu novos itens, propostos pela maioria dos grupos de trabalho do evento.
A respeito do assunto, a ideia central é fazer com que o resultado dos trabalhos das seções sindicais nesse campo seja encaminhado ao Andes-SN, com intuito de estimular a troca de experiências entre as associações de docentes e ainda que essa produção possa ser avaliada dentro da perspectiva da autocrítica.
A categoria também pretende analisar o modelo de avaliação atualmente aplicado pelos órgãos superiores da universidade brasileira, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculados ao Ministério da Educação (MEC) e ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), respectivamente.
A deliberação da categoria aponta também para a luta pela ampliação de recursos para o fomento da pesquisa básica e tecnológica em todos os âmbitos, num esforço conjunto dos movimentos sindicais, sociais, estudantis e entidades científicas para se constituir um percentual mínimo do Produto Interno Bruto (PIB) para o MCT.
O professor Luiz Fernando Souza, integrante da delegação da Adua, defende que é importante haver democratização na distribuição dos recursos, considerando não somente as a pluralidade das áreas, mas as especificidades regionais, inclusive na produção do conhecimento.
Aposentados
 Um dos assuntos mais polêmicos foi a discussão a respeito do TR 41, sobre os docentes aposentados. A plenária decidiu manter a trabalho de reflexão e os estudos sobre elementos necessários à definição de uma política que contemple esse grupo de sindicalizados, sem excluir o conjunto de fundamentos e posicionamentos em defesa da entidade e seus membros.
Em virtude disso, a plenária não concordou com a proposta específica que apontava a criação de um Fórum Nacional dos Professores Aposentados, com identidade própria, mas não desvinculado do Andes-SN, com intuito de centralizar as discussões relativas aos docentes. Além disso, o projeto previa o fortalecimento do Grupo de Trabalho (GT) dos Aposentados nas seções sindicais e o desenvolvimento de uma rede de comunicadores que pudesse facilitar o contato entre os docentes integrantes desse grupo.
A maioria dos professores manifestou-se contra a TR por entender que ela poderia causar o enfraquecimento da luta docente nacional, com a criação de subseções dentro da entidade representativa dos professores. “O sindicato trabalha numa perspectiva de que todos nós, ativos e aposentados, somos sindicalizados, portanto devemos atuar e avançar em conjunto”, disse o professor Márcio Antônio de Oliveira, secretário geral do Andes-SN.
Textos remetidos a outros temas
 Já as temáticas ambientais, agrárias e urbanas, saúde docente e venenos agrotóxicos foram remetidos a outras TRs, que devem ser analisadas nas pautas das próximas plenárias, a partir de quinta-feira (19). Neste mesmo dia será discutida a TR 43, que trata da ‘Ação Estratégica em Comunicação para Fortalecer Andes-SN’, como parte do tema 3.
Para o presidente da plenária e 1º vice-presidente Regional São Paulo do ANDES-SN, Francisco Miraglia, o resultado da plenária desta terça-feira (17) atendeu às expectativas da direção do evento. “A plenária correu bem, tanto na discussão do tema ciência e tecnologia, quanto em relação às questões ambientais e agrárias, disse.
“Conseguimos cobrir bem a questão dos megaeventos, desse processo de exclusão social nas cidades onde vão ocorrer os chamados eventos esportivos, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Agora devemos estabelecer políticas concretas de ação. As modificações são parte importante da nossa discussão e da nossa construção nessas lutas”, complementou Miraglia.
Fonte: Adua
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