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Acusado de assassinar Marielle fez pesquisa sobre docente após atrito com Flávio Bolsonaro



Data: 18/03/2019


O professor da rede estadual de ensino e diretor do Centro Integrado de Educação Pública (CIEP 210) em Belford Roxo (RJ), Pedro Mara, pediu afastamento do cargo para seguir “protocolo de segurança”. O motivo foi a divulgação na mídia de que um dos acusados de assassinar Marielle Franco e Anderson Gomes, fez pesquisas na internet sobre o professor após um atrito dele com o senador Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).

Em nota, a diretoria do Sindicato Nacional (ANDES-SN) afirma que isso demonstra que "a relação cada vez mais evidente entre membros do planalto central, parlamento e as milícias, requer de nossa categoria grande atenção. As posições “aparentemente” morais, se traduzem em ações de incentivo ao ódio, à perseguição e à criminalização de lutadores e lutadoras e em especial aos professores e professoras".

Segundo a Revista Fórum, A decisão do professor de deixar o Rio de Janeiro ocorreu após tomar "conhecimento de que seu nome consta no relatório de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro por ter tido sua vida pesquisada e monitorada pelo sargento reformado da PM, Ronnie Lessa, preso sob acusação de ter efetuado os disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes".

Leia a nota na íntegra:

Nota da Diretoria do ANDES-SN em solidariedade ao professor Pedro Mara

O professor Pedro Mara da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro, diretor do CIEP 210 em Belford Roxo, teve que pedir afastamento do cargo para seguir “protocolo de segurança”, desde que foi anunciado, pela grande mídia, que um dos acusados de assassinar Marielle Franco e Anderson Gomes, fez pesquisas sobre o professor na internet após um atrito que o mesmo teve com Flávio Bolsonaro.

Para o ANDES-SN a relação cada vez mais evidente entre membros do planalto central, parlamento e as milícias, requer de nossa categoria grande atenção. As posições “aparentemente” morais, se traduzem em ações de incentivo ao ódio, à perseguição e à criminalização de lutadore(a)s e em especial aos(as) professore(a)s.

Repudiamos qualquer tipo de violência e ações de ódio contra qualquer pessoa que luta e que expõe suas posições políticas, como é o caso do professor Pedro Mara. Por isso nos solidarizamos e nos colocamos à disposição para o auxílio político e jurídico que se fizer necessário.

Nenhum direito a menos!

Pelo direito de lutar!

DIREÇÃO NACIONAL DO ANDES-SN


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