Data: 27/02/2019
As centrais sindicais se reuniram para discutir os próximos passos das mobilizações contra a Contrarreforma da Previdência e o fim das aposentadorias, ataques do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL) . Como principal encaminhamento, foi decidido que dia 22 de março será o Dia Nacional de Mobilizações contra a Reforma da Previdência, Rumo à Greve Geral. O encontro das centrais ocorreu no último dia 26, na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no centro de São Paulo (SP).
Representando a CSP-Conlutas, o membro da Secretaria Executiva Nacional da Central (SEN), Luiz Carlos Prates, o Mancha, defendeu que “as centrais devem colocar peso nas ações e organizar junto aos trabalhadores um forte ato para a data marcada, além de potencializar a defesa de nossas aposentadorias no próximo 8 de Março, uma vez que as mulheres fazem parte do grupo que sofrerá mais com os impactos do desmonte de nossa Previdência”.
O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lucio, pontuou diversos ataques que a reforma traz em sua proposta, como micro-reformas trabalhistas que afetam direitos como abono salarial, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de aposentados, Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e seguro-desemprego.
Foram listados ainda outros ataques inconstitucionais, como a Medida Provisória 871 que revisa benefícios previdenciários, restringindo o acesso à pensão por morte, licença-maternidade e aposentadoria dos trabalhadores do campo, por exemplo.
Os representantes das centrais defenderam construir a próxima data de lutas com unidade entre as entidades sindicais e os movimentos sociais, de modo a não só fortalecer o dia de mobilização rumo à Greve Geral, com a participação de mais organizações, como também levar o tema para a classe trabalhadora e detalhar o desastre que a Reforma de Bolsonaro representa, divulgando amplamente os prejuízos que todos sofrerão com a possível aprovação da proposta no Congresso Nacional.
“A grande imprensa está apoiando e seguirá dessa maneira. Precisamos fazer uma disputa de massas, uma contra-campanha, e fazer isso em nossos meios, nas redes sociais, será decisivo para avançarmos contra a Reforma”, alertou Mancha.
O dirigente disse, ainda, que é necessário amarrar a nova data de lutas com os movimentos sociais para que se tenham bons resultados com os atos sindicais principais das centrais, em bairros e nos mais diversos locais.
“O dia 22 de março precisa ser preparado nas bases, com assembleias em diversos locais. É preciso nos reunir com os movimentos sociais e que haja um forte trabalho na comunicação das entidades para mostrar aos trabalhadores o aprofundamento dos ataques que virá com a reforma da Previdência”, afirmou.
Além de acrescentar a luta pelas aposentadorias e pela seguridade social no 8 de Março, as Centrais reunirão esforços para que o 1° de Maio – Dia Internacional do Trabalhador também seja uma data de mobilização unificada contra a reforma.
Fonte: CSP-Conlutas com edição da ADUA-SSind.
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