Hall do ICHL lotou
Acadêmicos, professores e técnicos, que não compõem nenhuma das quatro chapas, avaliam que último debate ainda não colaborou para a tomada da decisão sobre em qual candidato a reitor votar. A eleição será amanhã (02/04). Entre as pessoas ouvidas pela reportagem, arriscam vencedores do debate apenas aqueles que pertencem às chapas concorrentes neste pleito. O último debate ocorreu ontem (31/03), às 15h, no hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) e lotou o local.
A professora Socorro Jatobá, do curso de Filosofia, afirmou que não conseguiu se concentrar e ouvir as propostas por conta das manifestações da plateia. Para ela, os candidatos deveriam pedir compostura dos seus partidários. “Está se reproduzindo aqui a forma dos debates municipais e estaduais, mas essa é uma eleição de cargos administrativos”, reclamou. Dessa forma, a universidade teria perdido um momento de debate de estratégias, de gestão e uma discussão sobre o futuro da academia nos próximos anos.
As estudantes Luana Gomes e Tatiane Souza, dos cursos de Comunicação e Geografia respectivamente, tiveram de avaliar os candidatos de formas alternativas. “Tirei minhas dúvidas quando analisei as campanhas, porque o debate não ajudou”, disse Luana. Tatiana também afirmou que o debate deixou a desejar e se frustrou porque nenhum candidato apontou uma tática para resolver a falta de professores ainda esse ano. “Também falaram muito de infra-estrutura, mas esqueceram a questão da segurança”, criticou. Em relação às propostas, a professora Socorro Jatobá também ficou insatisfeita. “As perguntas foram gerais, amplas e muitas questões específicas que deveriam ser discutidas ficaram de fora”, reclamou.
O professor de Ciências Sociais e 1º secretário da Adua, Arnóbio Bezerra, membro da Comissão Eleitoral e mediador do debate, e que acompanhou debates anteriores, disse que houve evolução nas discussões dos reitoráveis. “O debate refletiu o processo de democratização das eleições”, afirmou, feliz por conta da participação massiva da comunidade universitária. A expectativa, agora, é saber se esta mesma comunidade vai sair das salas de aulas amanhã para exercer seu direito democrático nas urnas eletrônicas da universidade. |