Presidente do Andes no Encontro da Regional Norte 1, em RR
A presença do professor Ciro Correia, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), no 1º Encontro da Regional Norte 1, foi determinante para estudantes, professores e militantes de movimentos sociais. Os presentes puderam entender a luta que a entidade vem travando de forma exaustiva nos últimos tempos. O evento foi sediado em Boa Vista, na Universidade Federal de Roraima (UFRR), nos dias 2 e 3 de abril.
Na explanação que fechou a mesa-redonda sobre movimento sindical e criminalização dos movimentos sociais, ocorrido no dia 2 de abril, o professor Ciro relatou um breve histórico das lutas do sindicato. “Pensam que vão nos derrubar. Não o farão, mas precisamos conhecer a história do nosso sindicato para nos unir e impedir que nos atropelem”, disse. Começou explicando como se efetivou o registro da entidade como pessoa jurídica, em 1988, sob a luz da então recente Constituição brasileira, que limita as repressões contra a liberdade dos movimentos sindicais.
Depois que o Andes foi registrado, então, como sindicato nacional, em 1990, teve que saltar sobre uma série de obstáculos. Algumas tentativas para que houvesse a suspensão do registro foram frustradas por conta do reconhecimento do Supremo Tribunal Federal da legitimidade do Andes como entidade representativa dos docentes de ensino superior. Mas em 2003, um despacho da Secretaria Executiva das Relações de Trabalho conseguiu suspender o registro do Andes.
O desmantelamento da entidade foi asseverado com a criação do Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que, na fala do professor Ciro, é um braço sindical do governo para desqualificar um movimento autêntico e autônomo. Quando questionado, durante o debate, sobre a posição do Andes ante o crescimento das alianças de docentes ao Proifes, Ciro argumentou: “Não queremos nos aliar ao Proifes. Isso nos desconstruiria. Ao contrário, queremos explicitar a diferença de nossas posições políticas”. |
