Data: 02/01/2018
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) já anunciou que a Reforma da Previdência será prioridade do seu governo e Rogério Marinho, secretário que cuidará do tema, afirmou que os planos são de buscar a aprovação das mudanças nas regras da aposentadoria e da Seguridade Social ainda no primeiro semestre de 2019. Portanto, os trabalhadores precisam se preparar, pois a luta terá de começar ainda no início do novo governo.
Marinho é ex-deputado federal (PSDB) que foi o relator da Reforma Trabalhista do governo Temer. Bolsonaro e Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, contam com a “habilidade” do ex-deputado tucano para também conseguir mexer na Previdência.
E os ataques não são poucos. O discurso é o mesmo de sempre: “que a Previdência está quebrada”, de que “é preciso equilibrar as contas públicas”, que “se não houver reforma a Previdência quebra”.
Todos falsos argumentos para enganar a população e impor uma reforma que, na prática, só vai penalizar os trabalhadores, como sempre ocorre.
Enquanto isso, eles mantêm seus privilégios, permitem o calote que os patrões dão no INSS, concedem isenções às empresas e sugam os recursos públicos, como o aumento nos salários e o auxílio-moradia que foi dado aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Pra isso, eles têm dinheiro.
As propostas em discussão são várias, mas uma coisa tem em comum: todas representam graves ataques à aposentadoria e aos direitos previdenciários.
Querem aumentar a idade mínima para a aposentadoria, aumentar o tempo de contribuição, reduzir o valor dos benefícios e das pensões, restringir os benefícios previdenciários, como auxílios doença e acidente, licença-maternidade, etc; privatizar a Previdência com a criação do regime de capitalização. Em resumo: eles querem acabar com o direito à aposentadoria e com a Previdência dos trabalhadores!
A CSP-Conlutas estará na luta em defesa da aposentadoria e da Previdência
A reforma que Temer tentou aprovar trazia brutais ataques à aposentadoria, como o aumento da idade mínima e do tempo de contribuição e cortes de benefícios. A forte mobilização dos trabalhadores, inclusive com a realização da grande Greve Geral de 28 de abril de 2017, barrou o ataque de Temer.
Agora é hora de nos unirmos novamente e nos mobilizar. As centrais sindicais aprovaram uma campanha nacional para defender a Previdência pública, gratuita e com proteção aos direitos sociais para todos(as). Essa luta precisa ganhar força desde o início de 2019. O direito à aposentadoria não se negocia! É preciso realizar plenárias unificadas nos estados e regiões e organizar a luta.
A Previdência Social é uma conquista dos trabalhadores e garante não só a aposentadoria, mas também direitos como licença-maternidade, auxílio-doença, benefícios sociais a idosos, etc. Esse direito precisa ser defendido por todos(as).
Ao longo do próximo período, a CSP-Conlutas colocará toda sua estrutura a serviço de uma forte campanha para esclarecer e mobilizar os trabalhadores e a maioria da população, com vídeos, materiais impressos, nos meios de comunicação e nas redes sociais.
Vamos dizer não à Reforma da Previdência! Some-se a essa luta!
Fonte: CSP-Conlutas |