A estratégia de retenção de concurso público ocasionou um apagão no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). A crise deflagrada pelas longas filas para a obtenção de benefícios previdenciários derrubou a cúpula do órgão fez com que o governo Bolsonaro improvisasse soluções como a tentativa de convocação de militares da reserva para a realização do serviço. Agora, a uma Medida Provisória (MP) está sendo preparada para a contratação temporária de servidores já aposentados não só para o INSS, mas também para outros órgãos.
Segundo o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), a falta de servidores no INSS pode se repetir em outras áreas. Pelas contas da instituição, só na Receita Federal faltariam 21.714 servidores para se alcançar o quadro ideal. Os déficits de servidores em relação ao nível considerado adequado pelo fórum também já seriam altos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Controladoria-Geral da União (CGU) e no Banco do Brasil.
O presidente do Fonacate, Rudinei Marques, afirmou que esse “apagão” irá ocasionar uma forte pressão popular. “É a população que vai pressionar o governo a voltar a fazer concursos, com ou sem reforma. Basta a população sentir que os hospitais não têm atendimento, que não há matrículas em universidades, que outros órgãos estão com filas como a do INSS. além das aposentadorias que devem retirar entre 20% e 25% da força de trabalho do serviço público federal nos próximos anos, há ainda outros 120 mil servidores já aposentados que voltaram ao serviço com o abono de permanência. Juntando todos esses funcionários, podemos perder até a metade da capacidade de atendimento se novos concursos não voltarem a ser realizados”, ressaltou.
Fonte: Portal Terra com edição da ADUA-SSind
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